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Setor de papel e celulose vai investir US$ 14,4 bi nos próximos 10 anos, diz Bracelpa

As empresas brasileiras do setor de papel e celulose irão investir 14,4 bilhões de dólares nos próximos 10 anos. O Programa de Investimentos do Setor para o Período 2003-2012 foi apresentado ao presidente Luis Inácio Lula da Silva pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), nesta quarta-feira (23/7). De acordo com o programa, os […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h37.

As empresas brasileiras do setor de papel e celulose irão investir 14,4 bilhões de dólares nos próximos 10 anos. O Programa de Investimentos do Setor para o Período 2003-2012 foi apresentado ao presidente Luis Inácio Lula da Silva pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), nesta quarta-feira (23/7). De acordo com o programa, os investimentos permitirão a duplicação das exportações de celulose - e elevar o saldo positivo da balança comercial do segmento para 30,4 bilhões de dólares até 2012.

Os investimentos anunciados superam os 12 bilhões de dólares investidos nos últimos 10 anos, período em que a expansão das exportações possibilitou um saldo acumulado na balança comercial do setor de 17,6 bilhões de dólares.

De acordo com informações da Bracelpa, o setor brasileiro de papel e celulose faturou 16,8 milhões de reais no ano passado. São 220 empresas que mantêm 100 mil empregos diretos. Suas exportações no ano passado somaram 2,1 bilhões de dólares com um saldo comercial positivo de 1,5 bilhão - que deverão evoluir, respectivamente, para 3,1 bilhões e 2,5 bilhões em 2003.

Com produção de 8 milhões de toneladas de celulose/ano, o setor brasileiro ocupa o 7º lugar dentre os produtores mundiais. No ranking dos produtores de papel, o Brasil ocupa o 11º ligar, com 7,7 milhões de toneladas/ano.

Osmar Elias Zogbi, presidente da Bracelpa, afirma em comunicado oficial que o Brasil ainda enfrenta limitações em sua infra-estrutura logística, ao elevado custo do capital e forte incidência tributária no investimento - fatores que inibem novas inversões produtivas e avanços em tecnologia. E também não dispõe de nenhum apoio para plantio e cultura de florestas, como se faz em países concorrentes como o Canadá, Estados Unidos, Chile, Uruguai e Indonésia, por exemplo. "Os 11% que aqui incidem sobre os investimentos que precedem a produção não são tributados em países concorrentes", afirmou.

Segundo Zogbi, o novo programa setorial de investimentos tem uma condição indispensável: a garantia de florestas plantadas suficientes para suprir a expansão da produção da indústria. Zogbi defendeu junto ao presidente Lula o apoio ao cultivo de florestas por meio de pequenos e médios produtores, com a simplificação da legislação sobre florestas plantadas. "Um programa que deve ter início imediato, uma vez que já há importações de madeira e de papel de imprensa."

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