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Serra acha modesto ajuste fiscal de nova equipe econômica

O tucano disse que faria um ajuste muito mais amplo, com foco na revisão de todos os contratos governamentais

José Serra: na sua avaliação, sempre existe margem para comprimir os gastos governamentais (Marcello Casal/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2015 às 15h45.

São Paulo - O senador eleito pelo PSDB de São Paulo, José Serra , considerou modesto o ajuste fiscal promovido pela nova equipe econômica do governo Dilma Rousseff , comandada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy .

Em conferência promovida pela GO Associados, com o tema "Desafios e cenários para a política econômica brasileira", o tucano disse que faria um ajuste muito mais amplo, com foco na revisão de todos os contratos governamentais, à exemplo do que realizou quando assumiu a Prefeitura de São Paulo, em janeiro de 2005.

Apesar da crítica, Serra disse que os sinais que a nova equipe econômica deu a curto prazo foram bem sucedidos, "porque o pessimismo é menor."

Na sua avaliação, apesar de não ser fácil fazer um ajuste fiscal em um cenário como o que o Brasil atravessa, sempre existe margem para comprimir os gastos governamentais.

E exemplificou: "Quando assumi a Prefeitura (de São Paulo), tinha R$ 18 em caixa (da gestão de sua antecessora, a petista Marta Suplicy) e um déficit que não sabia o que fazer. Revisamos todos os contratos que a prefeitura tinha, renegociamos com fornecedores, baixamos tudo e deu certo. Eu teria feito o mesmo no governo federal, uma revisão de todos os contratos existentes, não para quebrar, mas para renegociar."

E disse que "humildemente" fazia essa sugestão à equipe econômica do governo petista, porque é uma forma de reduzir custos.

"Tem até decreto pronto e dá pra fazer um manual de ajuste fiscal com tudo que pode ser feito", afirmou.

Ao iniciar a conferência, o senador eleito disse que não foi surpresa alguma ver que a presidente Dilma Rousseff adotou, no início de seu segundo mandato, as medidas que o PT repudiou na campanha presidencial.

Nas críticas à gestão do partido adversário, Serra disse que "o estilo petista jamais se preocupou com custo, pois o dinheiro não é deles", e citou o caso do escândalo envolvendo a Petrobras.

Outra crítica foi feita a um dos projetos do PT, o trem bala, a quem serra classificou de "loucura, alucinação e insanidade."

Falta debate

Na conferência, o senador eleito pelo PSDB de São Paulo manifestou sua preocupação com a falta de debates sobre os rumos da economia do país a médio e longo prazos.

"Eu fico pasmo porque mais grave do que não ter rumos é não ter debate nacional sobre rumos."

Serra disse ainda que o governo federal deveria eliminar a isenção de tributos sobre compras de até 50 dólares.

"Isto tem papel devastador sobre a economia doméstica, todo consumo que não gera emprego ou receita tributária é ruim. E para a concorrência é fatal."

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São Paulo - O senador eleito pelo PSDB de São Paulo, José Serra , considerou modesto o ajuste fiscal promovido pela nova equipe econômica do governo Dilma Rousseff , comandada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy .

Em conferência promovida pela GO Associados, com o tema "Desafios e cenários para a política econômica brasileira", o tucano disse que faria um ajuste muito mais amplo, com foco na revisão de todos os contratos governamentais, à exemplo do que realizou quando assumiu a Prefeitura de São Paulo, em janeiro de 2005.

Apesar da crítica, Serra disse que os sinais que a nova equipe econômica deu a curto prazo foram bem sucedidos, "porque o pessimismo é menor."

Na sua avaliação, apesar de não ser fácil fazer um ajuste fiscal em um cenário como o que o Brasil atravessa, sempre existe margem para comprimir os gastos governamentais.

E exemplificou: "Quando assumi a Prefeitura (de São Paulo), tinha R$ 18 em caixa (da gestão de sua antecessora, a petista Marta Suplicy) e um déficit que não sabia o que fazer. Revisamos todos os contratos que a prefeitura tinha, renegociamos com fornecedores, baixamos tudo e deu certo. Eu teria feito o mesmo no governo federal, uma revisão de todos os contratos existentes, não para quebrar, mas para renegociar."

E disse que "humildemente" fazia essa sugestão à equipe econômica do governo petista, porque é uma forma de reduzir custos.

"Tem até decreto pronto e dá pra fazer um manual de ajuste fiscal com tudo que pode ser feito", afirmou.

Ao iniciar a conferência, o senador eleito disse que não foi surpresa alguma ver que a presidente Dilma Rousseff adotou, no início de seu segundo mandato, as medidas que o PT repudiou na campanha presidencial.

Nas críticas à gestão do partido adversário, Serra disse que "o estilo petista jamais se preocupou com custo, pois o dinheiro não é deles", e citou o caso do escândalo envolvendo a Petrobras.

Outra crítica foi feita a um dos projetos do PT, o trem bala, a quem serra classificou de "loucura, alucinação e insanidade."

Falta debate

Na conferência, o senador eleito pelo PSDB de São Paulo manifestou sua preocupação com a falta de debates sobre os rumos da economia do país a médio e longo prazos.

"Eu fico pasmo porque mais grave do que não ter rumos é não ter debate nacional sobre rumos."

Serra disse ainda que o governo federal deveria eliminar a isenção de tributos sobre compras de até 50 dólares.

"Isto tem papel devastador sobre a economia doméstica, todo consumo que não gera emprego ou receita tributária é ruim. E para a concorrência é fatal."

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