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Senado marca sabatina de Galípolo para 8 de outubro, dia em que indicação será votada no plenário

Relator da indicação é o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA)

As votações sobre indicações de autoridades são secretas (Lula Marques/Agência Brasil)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 5 de setembro de 2024 às 20h46.

O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado , Vanderlan Cardoso (PSD-GO), marcou a sabatina de Gabriel Galípolo para o dia 8 de outubro. Nesse mesmo dia, a indicação de Galípolo como presidente do Banco Central será analisada pelo plenário da Casa — data que foi anunciada pelo presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG) nesta semana.

"Após ouvir os senadores, o Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Vanderlan Cardoso (PSD/GO), designou o senador Jaques Wagner (PT/BA) como relator da indicação de Gabriel Galípolo para a Presidência do Banco Central. O Presidente da CAE também marcou a sabatina de Galípolo para a manhã do dia 8 de outubro, logo após o 1º turno das eleições municipais desse ano", diz nota de Cardoso, confirmando também a relatoria de Wagner.

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As votações sobre indicações de autoridades são secretas. Por isso, é necessário que elas ocorram presencialmente.

Prazos eleitorais e a definição da data

"Ficará a cargo do senador Vanderlan a definição da data da sabatina e obviamente compartilhando com os membros da Comissão de Assuntos Econômicos a melhor data para essa sabatina e, da parte da presidência do Senado, eu gostaria de deixar desde já definida a data para apreciação no plenário, após a comissão, a data do dia 8 de outubro após as eleições", disse Pacheco.

A data ocorre por conta do período eleitoral, que esvazia o Congresso Nacional, e as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) em meados deste mês.

Visita aos senadores e expectativas

Galípolo iniciou nesta semana visita a senadores, no tradicional "beija-mão" antes da sabatina. O relator da indicação é o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA). O governo inicialmente trabalhava para que a sabatina acontecesse no dia 10, na próxima semana.

Na semana seguinte, nos dias 17 e 18, ocorre a reunião do Copom. Por ser diretor de Política Monetária do BC, Galípolo precisa participar dos encontros que definirão os juros. Entre o dia 11 e o dia 24, os diretores do BC seguem o período de silêncio, no qual não costumam falar de juros.

As semanas seguintes são muito próximas ao primeiro turno das eleições, marcado para o dia 6 de outubro — e os senadores costumam deixar Brasília neste período.

"Neste mês de setembro, estamos fazendo esse esforço concentrado de sessões presenciais no Senado, mas é um período de processo eleitoral que naturalmente, como acontece em todos os anos eleitorais, traz dificuldade para reunirmos aqui um melhor ou um maior quórum", disse Pacheco.

Galípolo iniciou na segunda-feira o "beija-mão" no Senado em busca de apoio antes da sua sabatina. Ele passou por gabinetes como o da senadora Teresa Leitão (PT) e de Oriovisto Guimarães (Podemos), que é da oposição.

O líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA), que deve ser o relator da indicação, parabenizou Pacheco pela definição da data, embora o Palácio do Planalto quisesse que a votação acontecesse antes das eleições.

"Se dependesse da vontade do líder do governo, eu pediria a vossa excelência para fazê-lo até antes das eleições. E a vossa excelência, como sempre, ponderou que era melhor fazer após as eleições, se eleger o dia 8 de outubro, que eu acho absolutamente razoável", disse Jaques.

A expectativa do governo é que Galípolo não tenha dificuldade na aprovação, já que passou por sabatina para assumir como diretor de Política Monetária do BC.

A indicação de Galípolo já era esperada em razão da sua proximidade com a equipe econômica. Poucos meses após ter assumido como secretário-executivo do Ministério da Fazenda do terceiro mandato do governo Lula, Galípolo deixou o cargo para integrar a diretoria do Banco Central, por indicação da Fazenda.

Ele havia assumido o posto de número 2 do Ministério da Fazenda depois de integrar a equipe de transição e ser peça importante na campanha de Lula.

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