Economia

Sem acordos, Argentina não pagará dívidas, afirma secretário

O secretário de Finanças da Argentina, Guillermo Nielsen, disse durante conferência da Cúpula de Negócios da América Latina que a Argentina não pagará os compromissos com o Banco Mundial e com o FMI (Fundo Monetário Internacional) que vencem em dezembro e janeiro se não houver um acordo. Segundo Nielsen, o país terá que pagar 900 […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h04.

O secretário de Finanças da Argentina, Guillermo Nielsen, disse durante conferência da Cúpula de Negócios da América Latina que a Argentina não pagará os compromissos com o Banco Mundial e com o FMI (Fundo Monetário Internacional) que vencem em dezembro e janeiro se não houver um acordo.

Segundo Nielsen, o país terá que pagar 900 milhões de dólares ao Bird em dezembro e mais 2,7 bilhões dólares ao FMI em janeiro. O problema é que se esses desembolsos forem feitos sem a garantia de um acordo de renegociação da dívida, as reservas argentinas, de 9,5 bilhões de dólares, ficarão ameaçadas. Não vamos comprometer nossas reservas , disse Nielsen. O país já fez sacrifícios demais , afirmou ele durante conferência da Cúpula de Negócios da América Latina -- evento que acontece até sexta-feira no Rio de Janeiro.

Nielsen afirmou que o país já pagou este ano 4,3 bilhões de dólares aos credores internacionais. Segundo ele, a Argentinas não suporta mais fazer novos desembolsos. Nossa prioridade agora é o crescimento e a recuperação da nossa economia , disse. Nosso crescimento é inegociável. O governo argentino está pleiteando uma renegociação de toda a dívida que vence até dezembro de 2003.

O tom do painel que discutiu a crise Argentina foi de crítica aos organismos internacionais. O que se questionou foi o fato de tanto Banco Mundial quanto o FMI estarem acompanhando a evolução da crise e nada terem feito para mudar a condução da política econômica. Ao contrário.

Na avaliação de Eduardo Elsztain, sócio do Dolphin Fund Mangement, da Argentina, durante muitos anos os organismos internacionais estimularam os programas econômicos do país. A Argentina era apontada como modelo para todos os países emergentes , disse Elsztain. Agora passamos a ser o horror . Ele afirma que o fundo se comporta como não tivesse qualquer responsabilidade na crise.

Tudo foi acompanhado pelos técnicos do fundo , disse. Sua maior crítica é de que quando a Argentina estava crescendo, os financiamentos eram abundantes. Agora que o país enfrenta uma queda de 15% no PIB, taxa de desemprego de 23% e sofre com a fuga de dólares, o FMI simplesmente abandona o país à própria sorte. Os organismos internacionais deveriam agir para socorrer os países quando eles mais precisam , afirmou. Esse é o principal papel dessas entidades .

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