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Selic alta dificulta realização de investimentos, diz Serra

"Já é complicado quando a Selic sobe, a concessão fica limitada e aí tem que ter subsídio público, aí entra o problema do déficit", comentou Serra

Serra: "privatização depende da taxa de juros, é como as empresas se financiam", disse ministro (Ueslei Marcelino / Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de outubro de 2016 às 21h37.

São Paulo - O ministro das Relações Exteriores, José Serra , ressaltou a importância das concessões e privatizações no País e falou que esse processo deveria ter começado antes.

Defensor contumaz de juros baixos, ele avaliou que a realização de investimentos é dificultada pela alta taxa básica de juros no Brasil. O ministro fez um discurso evento da AmCham e da Abdib, em São Paulo.

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"Privatização depende da taxa de juros, é como as empresas se financiam. Se o piso é a Selic, já é complicado quando a Selic sobe, a concessão fica limitada e aí tem que ter subsídio público, aí entra o problema do déficit", comentou Serra.

Falando sobre as medidas do governo do presidente Michel Temer, ele falou que a recuperação das contas públicas é essencial para o crescimento da economia. "A situação das concessões reside em uma ênfase muito grande do ponto de vista do desejo, podia ter começado antes", afirmou.

Sobre a proposta de colocar um teto no crescimento de gastos públicos com base na inflação do ao anterior, Serra afirmou que a medida cria um marco legal importante para o controle do gasto governamental no médio e longo prazo.

"O projeto que vai ser aprovado, do teto, não é a solução final, mas, uma boa precondição", afirmou.

Ao falar do trabalho no Ministério das Relações Exterior, o ministro afirmou que o trabalho da pasta está sendo na busca de vender mais produtos agrícolas e produtos próximas ao processamento inicial. "Evidentemente não significa que agricultura possa comandar o processo de desenvolvimento, mas tem peso decisivo no que se refere ao balanço de pagamentos e vai continuar tendo", destacou.

Ele classificou o trabalho no ministério como uma "arrumação necessária" que vai ter impacto na relação externa do País.

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