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Se concretizado, embargo para a carne brasileira pode durar anos

A estratégia usada pelo governo para convencer os clientes no exterior a desistir do embargo é dar todas as informações solicitadas, de forma transparente

Operação Carne Fraca: o ministro da Agricultura, Blairo Maggi frisou que as exportações não são a única preocupação do governo (Ricardo Moraes/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de março de 2017 às 19h20.

Brasília - Se concretizado, o fechamento de mercados para a carne brasileira por causa das irregularidades encontradas na Operação Carne Fraca , da Polícia Federal, pode perdurar por anos, disse nesta segunda-feira, 20, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi.

"No caso da vaca louca, a China embargou por três anos", comentou. Ele disse ainda que, se fosse alguma das 21 empresas citadas na operação, não embarcaria produtos para o exterior.

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"Tudo o que estamos fazendo é para evitar esses embargos", explicou o ministro.

A estratégia usada para convencer os clientes no exterior é dar todas as informações solicitadas, com toda a transparência.

É isso que será feito, por exemplo, na discussão que a Organização Mundial do Comércio (OMC) pretende iniciar nesta terça-feira, 21.

O ministro frisou, porém, que as exportações não são a única preocupação do governo.

A cadeia produtora de carne emprega 6 milhões de pessoas, segundo informou.

Boa parte delas é de pequenos produtores.

É possível, admitiu ele, que outros países também peçam esclarecimentos ou restrinjam as importações.

"Daqui pra frente pode tudo, mas temos os nossos argumentos", disse.

Ele repetiu que o sistema de controle sanitário no Brasil é robusto, mas foram encontradas algumas pessoas agindo de forma incorreta.

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