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Investidores locais juntam-se a êxodo de mercados emergentes

Investidores locais estão dando aos emergentes mais uma dor de cabeça ao se voltarem para exterior em busca de ativos mais estáveis e líquidos

Chile: fundos de pensão do país têm o maior limite para investimentos no exterior, a 80 por cento (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2014 às 15h47.

Londres- Investidores locais estão dando aos mercados emergentes mais uma dor de cabeça ao se voltarem para o exterior em busca de ativos mais estáveis e líquidos, atraídos pelo fortalecimento das moedas estrangeiras e encorajados por mudanças regulatórias domésticas.

O dinheiro vem saindo dos mercados emergentes com poucas interrupções, com investidores sacando 45 bilhões de dólares neste mês em fundos que investem em bônus e ações, superando o saldo negativo de 28 bilhões de dólares em 2013, de acordo com o EPFR.

Agora, a expectativa é que investidores institucionais locais em economias emergentes se juntem ao comboio, atraídos em parte por mudanças regulatórias que permitem que fundos de pensão invistam parcela maior de seus ativos no exterior.

Na América Latina, lar de quase 630 bilhões de dólares em ativos de fundos de pensão, o comportamento de investidores institucionais locais está se tornando cada vez mais importante, uma vez que atraem recursos de populações jovens.

Muitos países estão começando a retirar limites sobre quanto os fundos de pensão podem investir no exterior, para ajudá-los a cumprir metas de retorno que chegam a 6 pontos percentuais acima da inflação.

Os mercados financeiros locais também estão se tornando pequenos demais para absorverem esses fluxos e menos atraentes conforme as economias desaceleram. A crescente flexibilidade de alocação de ativos de fundos de pensão pode, portanto, ter um efeito bola de neve sobre as fugas de capital.

"Os governos estão modificando a legislação e investidores locais olham para outros lugares para ter efeito dobrado em função do câmbio. Haverá aumento significativo nas saídas", disse o chefe para a Espanha e a América Latina do BNP Paribas Securities Services, Alvaro Camunas.

Atualmente, os fundos de pensão do Chile têm o maior limite para investimentos no exterior, a 80 por cento. O Brasil permite apenas 20 por cento em alocações internacionais. Os fundos de pensão do México também investem apenas cerca de um quinto de seus ativos no exterior.

Mas o interesse está crescendo. O BNP Paribas ressalta que os fundos alocados no exterior distribuídos no Brasil quase triplicaram, para 37 bilhões de reais em 2013, ante 2011. Ativos estrangeiros detidos por fundos de pensão mexicanos atingiram o recorde de 22 bilhões de dólares no ano passado, contra 17 bilhões de dólares em 2013.

O BNP Paribas disse que investidores brasileiros preferem aplicar em produtos do mercado monetário e renda-fixa em mercados desenvolvidos, onde lucram tanto com base no capital quanto pela apreciação do câmbio, num momento em que as taxas de juros altas pesam sobre companhias locais.

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Londres- Investidores locais estão dando aos mercados emergentes mais uma dor de cabeça ao se voltarem para o exterior em busca de ativos mais estáveis e líquidos, atraídos pelo fortalecimento das moedas estrangeiras e encorajados por mudanças regulatórias domésticas.

O dinheiro vem saindo dos mercados emergentes com poucas interrupções, com investidores sacando 45 bilhões de dólares neste mês em fundos que investem em bônus e ações, superando o saldo negativo de 28 bilhões de dólares em 2013, de acordo com o EPFR.

Agora, a expectativa é que investidores institucionais locais em economias emergentes se juntem ao comboio, atraídos em parte por mudanças regulatórias que permitem que fundos de pensão invistam parcela maior de seus ativos no exterior.

Na América Latina, lar de quase 630 bilhões de dólares em ativos de fundos de pensão, o comportamento de investidores institucionais locais está se tornando cada vez mais importante, uma vez que atraem recursos de populações jovens.

Muitos países estão começando a retirar limites sobre quanto os fundos de pensão podem investir no exterior, para ajudá-los a cumprir metas de retorno que chegam a 6 pontos percentuais acima da inflação.

Os mercados financeiros locais também estão se tornando pequenos demais para absorverem esses fluxos e menos atraentes conforme as economias desaceleram. A crescente flexibilidade de alocação de ativos de fundos de pensão pode, portanto, ter um efeito bola de neve sobre as fugas de capital.

"Os governos estão modificando a legislação e investidores locais olham para outros lugares para ter efeito dobrado em função do câmbio. Haverá aumento significativo nas saídas", disse o chefe para a Espanha e a América Latina do BNP Paribas Securities Services, Alvaro Camunas.

Atualmente, os fundos de pensão do Chile têm o maior limite para investimentos no exterior, a 80 por cento. O Brasil permite apenas 20 por cento em alocações internacionais. Os fundos de pensão do México também investem apenas cerca de um quinto de seus ativos no exterior.

Mas o interesse está crescendo. O BNP Paribas ressalta que os fundos alocados no exterior distribuídos no Brasil quase triplicaram, para 37 bilhões de reais em 2013, ante 2011. Ativos estrangeiros detidos por fundos de pensão mexicanos atingiram o recorde de 22 bilhões de dólares no ano passado, contra 17 bilhões de dólares em 2013.

O BNP Paribas disse que investidores brasileiros preferem aplicar em produtos do mercado monetário e renda-fixa em mercados desenvolvidos, onde lucram tanto com base no capital quanto pela apreciação do câmbio, num momento em que as taxas de juros altas pesam sobre companhias locais.

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