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Safra de soja 13/14 do Brasil atingirá 86 mi de toneladas

Aumento deve ocorrer por conta de uma área plantada 4,4% maior, segundo analista da Agroconsult

Plantação de soja: embora os preços tenham caído na bolsa de Chicago cerca de US$3 por bushel em relação ao pico registrado no mês passado, o patamar atual dá lucro aos produtores no Brasil (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2013 às 15h07.

São Paulo - A produção de soja do Brasil em 2013/14 dever crescer 5,6 por cento na comparação com a temporada anterior, para 86 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde, afirmou nesta quarta-feira a consultoria Agroconsult.

Esse aumento na produção deverá ocorrer por conta de uma área plantada 4,4 por cento maior, disse o sócio-analista da consultoria Marcos Rubin, em entrevista exclusiva no chat Trading Brazil da Thomson Reuters.

Segundo o especialista, embora os preços tenham caído na bolsa de Chicago cerca de 3 dólares por bushel em relação ao pico registrado no mês passado, o patamar atual dá lucro aos produtores no Brasil, ainda mais contando com a ajuda da alta do dólar, que eleva o rendimento dos agricultores na moeda brasileira.

"É importante lembrar que o câmbio nos últimos 60 dias teve impacto muito positivo sobre as expectativas de rentabilidade", afirmou Rubin ao chat.

O dólar atingiu recentemente o maior valor em mais de quatro anos frente ao real.

"O câmbio sem dúvida está compensando a queda de preços. Por isso não tivemos uma mudança drástica de perspectiva de plantio nos últimos meses", afirmou ele, observando que a Agroconsult já trabalhava com essa expectativa para a safra há cerca de três meses.

À Reuters, ele ressaltou que a estimativa de safra será revisada ao final de agosto e início de setembro, mais perto do plantio, embora o atual número seja um "bom" parâmetro.

Na temporada passada, o Brasil já havia plantado um recorde de 27,7 milhões de hectares de soja, no embalo dos preços recordes no mercado internacional em 2012, quando a safra dos Estados Unidos foi afetada pela pior seca em mais de meio século.


Na temporada 2013/14, a Agroconsult vê a produção de soja dos Estados Unidos se recuperando. Mas ainda há riscos climáticos, acrescentou o analista. "Para a soja, o atraso do plantio (nos EUA) ainda pode causar prejuízos, pois parte da soja fica sujeita às geadas/nevascas (a partir do final de setembro) no final do ciclo de desenvolvimento da soja", disse ele ao Trading Brazil.

Milho

Com a expansão da área de soja no Brasil, cujo plantio começa em setembro, o milho perderá espaço na nova safra, especialmente no Sul do país, disse o analista.

O cultivo com milho verão deverá cair 4,6 por cento por cento ante 12/13, apontou a Agroconsult no chat. Com isso, a produção deverá recuar para 32 milhões de toneladas, contra 34,8 milhões na temporada passada.

A segunda safra do cereal também deverá recuar 1,2 por cento ante 12/13, para 43,7 milhões de toneladas, embora a consultoria trabalhe com expectativa de um aumento de área.

Isso acontece porque a Agroconsult projeta produtividades menores para a nova safra, após duas temporadas com grandes rendimentos.

"Ficará abaixo deste ano, que foi bom de produtividade. Estamos mais conservadores, estamos considerando que tivemos dois anos excepcionais de produtividade." (Por Roberto Samora)

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São Paulo - A produção de soja do Brasil em 2013/14 dever crescer 5,6 por cento na comparação com a temporada anterior, para 86 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde, afirmou nesta quarta-feira a consultoria Agroconsult.

Esse aumento na produção deverá ocorrer por conta de uma área plantada 4,4 por cento maior, disse o sócio-analista da consultoria Marcos Rubin, em entrevista exclusiva no chat Trading Brazil da Thomson Reuters.

Segundo o especialista, embora os preços tenham caído na bolsa de Chicago cerca de 3 dólares por bushel em relação ao pico registrado no mês passado, o patamar atual dá lucro aos produtores no Brasil, ainda mais contando com a ajuda da alta do dólar, que eleva o rendimento dos agricultores na moeda brasileira.

"É importante lembrar que o câmbio nos últimos 60 dias teve impacto muito positivo sobre as expectativas de rentabilidade", afirmou Rubin ao chat.

O dólar atingiu recentemente o maior valor em mais de quatro anos frente ao real.

"O câmbio sem dúvida está compensando a queda de preços. Por isso não tivemos uma mudança drástica de perspectiva de plantio nos últimos meses", afirmou ele, observando que a Agroconsult já trabalhava com essa expectativa para a safra há cerca de três meses.

À Reuters, ele ressaltou que a estimativa de safra será revisada ao final de agosto e início de setembro, mais perto do plantio, embora o atual número seja um "bom" parâmetro.

Na temporada passada, o Brasil já havia plantado um recorde de 27,7 milhões de hectares de soja, no embalo dos preços recordes no mercado internacional em 2012, quando a safra dos Estados Unidos foi afetada pela pior seca em mais de meio século.


Na temporada 2013/14, a Agroconsult vê a produção de soja dos Estados Unidos se recuperando. Mas ainda há riscos climáticos, acrescentou o analista. "Para a soja, o atraso do plantio (nos EUA) ainda pode causar prejuízos, pois parte da soja fica sujeita às geadas/nevascas (a partir do final de setembro) no final do ciclo de desenvolvimento da soja", disse ele ao Trading Brazil.

Milho

Com a expansão da área de soja no Brasil, cujo plantio começa em setembro, o milho perderá espaço na nova safra, especialmente no Sul do país, disse o analista.

O cultivo com milho verão deverá cair 4,6 por cento por cento ante 12/13, apontou a Agroconsult no chat. Com isso, a produção deverá recuar para 32 milhões de toneladas, contra 34,8 milhões na temporada passada.

A segunda safra do cereal também deverá recuar 1,2 por cento ante 12/13, para 43,7 milhões de toneladas, embora a consultoria trabalhe com expectativa de um aumento de área.

Isso acontece porque a Agroconsult projeta produtividades menores para a nova safra, após duas temporadas com grandes rendimentos.

"Ficará abaixo deste ano, que foi bom de produtividade. Estamos mais conservadores, estamos considerando que tivemos dois anos excepcionais de produtividade." (Por Roberto Samora)

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