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Safra de café do Brasil 14/15 cairá para 40,1 mi

Segundo CNC, safra cairá devido ao efeito da estiagem e do tempo quente no início do ano

Trator irriga mudas da planta do café em uma fazenda em Santo Antonio do Jardim (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2014 às 18h54.

São Paulo -  O Brasil terá na temporada 2014/15 a menor safra de café dos últimos cinco anos, devido ao efeito da estiagem e do tempo extremamente quente no início do ano, apontou nesta sexta-feira estudo divulgado pelo Conselho Nacional do Café (CNC).

A colheita de café do Brasil 14/15 cairá para um intervalo de 40,1 milhões a 43,3 milhões de sacas de 60 kg, contra 49,15 milhões de sacas na temporada passada.

A se confirmarem os números do estudo encomendado pelo CNC à Fundação Procafé, o maior produtor e exportador global de café teria a menor safra desde 2009, quando o país produziu 39,47 milhões de sacas, segundo dados do Ministério da Agricultura.

"Os pesquisadores da Fundação Procafé explicaram que o efeito da seca e das altas temperaturas foram mais acentuados nos cafezais com menor nível tecnológico, nos quais o produtor utilizou poucos insumos, principalmente os fertilizantes, devido aos preços aviltados do mercado antes da seca", disse o CNC, que representa os produtores de café do Brasil.

A seca no país impulsionou os preços no começo do ano, com os contratos futuros em Nova York atingindo um pico de 2,0975 dólares por libra em meados de março, o maior patamar desde fevereiro de 2012.

Nesta sexta-feira, a commodity fechou em alta de 6 por cento, a 1,85 dólar por libra-peso, com operadores apontando a firmeza do câmbio no Brasil como motivo dos ganhos.

Os números apurados pela Fundação Procafé também apontam queda expressiva ante a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que havia apontado uma safra entre 46,53 milhões e 50,15 milhões de sacas, segundo pesquisa realizada antes da ocorrência da severa seca.

A pesquisa divulgada pelo CNC apontou ainda que a produção de café de Minas Gerais, o principal Estado produtor do Brasil, ficará entre 19,77 milhões e 20,97 milhões de sacas.

O tempo seco, além de afetar os cultivos, antecipou o ciclo dos cafezais, e a colheita neste ano começará algumas semanas antes do período normal.


Alguns poucos produtores, especialmente de café da variedade robusta, já estão colhendo o café.

2015/16 A safra do ano que vem (2015/16) também será comprometida pela seca deste ano, apontou o estudo.

Espera-se que o Brasil colha de 38,7 milhões a 43,6 milhões de sacas, volume semelhante ao que se espera na safra 2014/15, após os efeitos do veranico.

"Para a definição de qual das pontas desse intervalo será alcançada na temporada seguinte, pesará a recuperação hídrica na pós-estiagem, através de chuvas normais em março, abril e maio, de forma a favorecer a recomposição da folhagem, em final de ciclo de crescimento, e o sistema radicular danificado", disse o CNC.

Pesquisadores da Fundação Procafé informaram ao CNC que, em março, algumas áreas ainda não tiveram regime pluviométrico normal, verificando-se chuvas totais na faixa de 70-100 mm, "volumes insuficientes para a recomposição de água armazenada em maior profundidade no solo".

Essa situação poderá afetar diretamente a indução floral para a safra 15/16, "já em curso, e, indiretamente, o 'pegamento' da florada, via desfolha das plantas".

Para a realização desse trabalho, a Fundação Procafé levou a campo 12 pesquisadores e uma equipe de suporte com mais 13 profissionais, que visitaram 11 regiões produtoras de café no Brasil.

A Fundação Procafé, localizada em Varginha, no Sul do Estado de Minas Gerais, tem como objetivo principal a realização de pesquisas nas áreas de produção, preparo e qualidade do café, gerenciamento agrícola, diagnósticos e estudos socioeconômicos.

Matéria atualizada às 18h53min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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A colheita de café do Brasil 14/15 cairá para um intervalo de 40,1 milhões a 43,3 milhões de sacas de 60 kg, contra 49,15 milhões de sacas na temporada passada.

A se confirmarem os números do estudo encomendado pelo CNC à Fundação Procafé, o maior produtor e exportador global de café teria a menor safra desde 2009, quando o país produziu 39,47 milhões de sacas, segundo dados do Ministério da Agricultura.

"Os pesquisadores da Fundação Procafé explicaram que o efeito da seca e das altas temperaturas foram mais acentuados nos cafezais com menor nível tecnológico, nos quais o produtor utilizou poucos insumos, principalmente os fertilizantes, devido aos preços aviltados do mercado antes da seca", disse o CNC, que representa os produtores de café do Brasil.

A seca no país impulsionou os preços no começo do ano, com os contratos futuros em Nova York atingindo um pico de 2,0975 dólares por libra em meados de março, o maior patamar desde fevereiro de 2012.

Nesta sexta-feira, a commodity fechou em alta de 6 por cento, a 1,85 dólar por libra-peso, com operadores apontando a firmeza do câmbio no Brasil como motivo dos ganhos.

Os números apurados pela Fundação Procafé também apontam queda expressiva ante a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que havia apontado uma safra entre 46,53 milhões e 50,15 milhões de sacas, segundo pesquisa realizada antes da ocorrência da severa seca.

A pesquisa divulgada pelo CNC apontou ainda que a produção de café de Minas Gerais, o principal Estado produtor do Brasil, ficará entre 19,77 milhões e 20,97 milhões de sacas.

O tempo seco, além de afetar os cultivos, antecipou o ciclo dos cafezais, e a colheita neste ano começará algumas semanas antes do período normal.


Alguns poucos produtores, especialmente de café da variedade robusta, já estão colhendo o café.

2015/16 A safra do ano que vem (2015/16) também será comprometida pela seca deste ano, apontou o estudo.

Espera-se que o Brasil colha de 38,7 milhões a 43,6 milhões de sacas, volume semelhante ao que se espera na safra 2014/15, após os efeitos do veranico.

"Para a definição de qual das pontas desse intervalo será alcançada na temporada seguinte, pesará a recuperação hídrica na pós-estiagem, através de chuvas normais em março, abril e maio, de forma a favorecer a recomposição da folhagem, em final de ciclo de crescimento, e o sistema radicular danificado", disse o CNC.

Pesquisadores da Fundação Procafé informaram ao CNC que, em março, algumas áreas ainda não tiveram regime pluviométrico normal, verificando-se chuvas totais na faixa de 70-100 mm, "volumes insuficientes para a recomposição de água armazenada em maior profundidade no solo".

Essa situação poderá afetar diretamente a indução floral para a safra 15/16, "já em curso, e, indiretamente, o 'pegamento' da florada, via desfolha das plantas".

Para a realização desse trabalho, a Fundação Procafé levou a campo 12 pesquisadores e uma equipe de suporte com mais 13 profissionais, que visitaram 11 regiões produtoras de café no Brasil.

A Fundação Procafé, localizada em Varginha, no Sul do Estado de Minas Gerais, tem como objetivo principal a realização de pesquisas nas áreas de produção, preparo e qualidade do café, gerenciamento agrícola, diagnósticos e estudos socioeconômicos.

Matéria atualizada às 18h53min do mesmo dia, para adicionar mais informações.

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