Economia

Safra de 2003 deve crescer 22,04%

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale - híbrido de trigo com centeio) deverá alcançar 118,544 milhões de toneladas em 2003, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), feito com informações coletadas em maio, pelo IBGE. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h06.

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale - híbrido de trigo com centeio) deverá alcançar 118,544 milhões de toneladas em 2003, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), feito com informações coletadas em maio, pelo IBGE. O crescimento é de 22,04% em relação à produção de 2002 (97,134 milhões de toneladas).

O significativo aumento, da ordem de 21 milhões de toneladas entre 2002 e 2003, na previsão da safra é resultado de vários componentes, entre os quais citam-se o avanço tecnológico do setor, que redunda em produtividade superior às alcançadas em safras passadas, e também o comportamento sem anormalidades do clima, que favoreceu não apenas a primeira safra, como, até o momento, também a segunda safra e a safra de inverno. O aumento é de 1,93% em relação ao mês de abril, quando foi prevista safra de 116,298 milhões de toneladas.

Observa-se que a colheita dos produtos de primeira safra está praticamente concluída, talvez restando ainda alguma área de milho, produto que, por suas características de campo, pode esperar mais tempo para ser colhido, quando comparado a outros grãos.

No que concerne à safra de inverno, na qual o IBGE contempla a produção de trigo, aveia, centeio, cevada e triticale, e a segunda safra de milho e feijão, a atual situação de campo, para todos esses produtos, apresenta-se benéfica, notadamente no que se refere ao clima. Até agora, as geadas que já ocorreram foram de baixa intensidade e, por isso, não chegaram a comprometer os resultados.

De maneira geral, as condições do tempo em maio foram bastante favoráveis às culturas que estão no campo. Daqui em diante, a preocupação é com os extremos climáticos, em especial as geadas e as estiagens prolongadas, para que o sucesso alcançado na primeira safra seja repetido na segunda safra e na safra de inverno.

No primeiro trimestre de 2003, foram abatidas 5.307.047 cabeças de bovinos, 5.647.124 animais da espécie suína e 771.783.235 frangos. Isto representa aumento de 16,09%, 12,23% e 3,28%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2002, e queda de 3,75%, 3,94% e 2,49% comparativamente ao quarto trimestre de 2002. A mesma tendência é observada nos resultados de peso de carcaça, que registraram aumento de 13,29%, 10,39% e 1,32%, referentes a bovinos, suínos e aves, respectivamente, sobre o primeiro trimestre de 2002, e queda de 4,35%, 2,90% e 2,00% sobre o quarto trimestre do mesmo ano.

O primeiro trimestre do ano é tradicionalmente um período de redução do abate de animais em comparação com o quarto trimestre do ano anterior. Isto é conseqüência do menor consumo de carne decorrente da incidência maior de taxas e impostos no início do ano, particularmente em janeiro e fevereiro. O fato de fevereiro ser um mês com menor número de dias também contribui para a queda no consumo. Entretanto, em 2003, ainda se verificou aumento no abate com relação a 2002.

Os resultados da Pesquisa de Estoques referente ao segundo semestre de 2002 indicam que a rede armazenadora de produtos agrícolas em operação no país apresentou ligeira retração de 0,43% no número de estabelecimentos ativos, comparativamente aos existentes em 31 de dezembro de 2001. No final do segundo semestre de 2002, esta rede contava com cerca de 8.666 estabelecimentos ativos, dos quais 44,0% encontravam-se na região Sul, 26,8% na região Sudeste, 16,9% na Centro-Oeste, 9,2% na Nordeste e 3,1% na região Norte.

Quanto à capacidade útil das unidades armazenadoras, constatou-se que os tipos armazéns convencionais, estruturais e infláveis somaram 78.582.010 metros cúbicos, sendo que, deste total, pouco mais de 70,0% estavam concentrados nas regiões Sudeste e Sul. Já as unidades armazenadoras tidas como armazéns graneleiros e granelizados totalizaram 38.762.118 toneladas de capacidade útil, sendo que a região Centro-Oeste deteve 43,8% desta capacidade de armazenamento, e o Sul 41,7%. Já os silos para grãos apresentaram 28.421.331 toneladas de capacidade total no país, ficando a região Sul com 56,9% deste total, a região Centro-Oeste, 20,8%, e a região Sudeste, 17,7%.

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