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Safra de 2002 pode chegar a 98,836 milhões de toneladas, diz IBGE

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (algodão em caroço, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, sorgo e trigo) poderá alcançar 98,836 milhões de toneladas, resultado 0,30% superior ao total obtido na safra do ano passado (98,543 milhões de toneladas), segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizado pelo IBGE em […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h31.

A produção total de cereais, leguminosas e oleaginosas (algodão em caroço, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia, centeio, cevada, sorgo e trigo) poderá alcançar 98,836 milhões de toneladas, resultado 0,30% superior ao total obtido na safra do ano passado (98,543 milhões de toneladas), segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, realizado pelo IBGE em maio.

Em relação à safra passada houve queda apenas na região sul ( -10,81%), que, no entanto, em termos absolutos, continua registrando a maior produção: 44,061 milhões de toneladas. Nas demais regiões houve crescimento, com a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas assim distribuída: Centro-Oeste, 31,141 milhões de toneladas e crescimento de 8,26%; Sudeste, 14,332 milhões de toneladas ( 12,85%); Nordeste, 7,028 milhões de toneladas ( 26,25%) ; e Norte, 2,224 milhões de toneladas ( 7,44%).

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A pesquisa de maio destacou, na comparação com o mês anterior, as variações nas estimativas de produção do feijão em grão 3ª safra (7,34%), milho em grão 2ªsafra (-2,61%) e trigo em grão (3,89%).

O atual preço do feijão 3ª safra garantiu a variação positiva na produção e impulsionou os produtores de Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal a ampliarem suas áreas de plantação em, respectivamente, 5%, 16% e 28%.

As condições climáticas, com sucessivos veranicos nos estados do Paraná e Goiás, foram responsáveis pela queda na estimativa de produção do milho 2ª safra. Já no caso do trigo, o resultado de maio decorre, principalmente, do crescimento registrado nos estados do Rio Grande do Sul ( 13%) e Goiás ( 167%).

Dentre os produtos analisados, apresentam variação positiva na estimativa de maio de 2002 em relação à produção obtida no ano anterior: arroz em casca (1,35%), feijão em grão 1ª safra (39,15%), feijão em grão 2ª safra (30,83%), milho em grão 2ª safra (5,73%), soja em grão (11,00%) e trigo (23,39%). Com variação negativa, algodão herbáceo (-13,51 %), feijão em grão 3ª safra (-11,29%), e milho em grão 1ª safra (-16,32%).

Com a colheita dos produtos da 1ª safra praticamente definida, o enfoque no momento é para os produtos de inverno, dos quais o trigo é o principal representante, devido a sua importância para o abastecimento interno do País. Entre os produtos de segunda e terceira safras, sobressaem-se o milho e o feijão.

Em relação à cultura do trigo, os dois maiores estados produtores, Paraná e Rio Grande do Sul, apresentam aumentos de, respectivamente, 29,50% e 12,86% em suas estimativas de produção. Também nos estados de menor expressão no cultivo desse produto, foram registrados ganhos em relação à safra anterior: 32% em Minas Gerais, 27% em Mato Grosso do Sul e 143% em Goiás. Para 2002, são esperadas 4,023 milhões de toneladas desse cereal, produção 23% superior à obtida no ano passado.

Quanto ao milho da segunda safra, espera-se uma produção de 6,702 milhões de toneladas, 5,73% superior à de 2001 (6,339 milhões de toneladas). Este volume poderia ser bem maior, como foi o projetado no início do plantio, porém adversidades climáticas ocasionaram perdas significativas. No Paraná, maior produtor nacional de milho, a primeira informação para o produto era de 3,300 milhões de toneladas e agora situa-se no patamar de 2,160 milhões de toneladas, ou seja, uma perda de mais de 1 milhão de toneladas. Com relação à safra anterior, quando foi obtida uma produção de 2,914 milhões de toneladas, a queda é de 26%.

Pecuária

O número de bovinos abatidos no primeiro trimestre de 2002 ficou 5,14% acima do verificado no mesmo período de 2001. Foram abatidas 4.536.535 cabeças de animais, incluindo bois, vacas, vitelos e novilhos. Dentre os bovinos, os bois tiveram o maior volume de abate, registrando aumento de 12,26% sobre o mesmo período de 2001. Vacas e novilhos tiveram redução do abate de 1,75% e 4,52%, respectivamente. Quando se compara o primeiro trimestre de 2002 com o último de 2001, observa-se que houve uma queda de 6,43% no número de animais abatidos, reflexo do desaquecimento dos mercados tanto interno quanto externo.

O número de suínos abatidos no primeiro trimestre de 2002 foi 16,74% maior do que o de igual período de 2001. O peso total das carcaças também aumentou, 18,34%. No período foram abatidas 5.078.733 cabeças de suínos, com peso médio de carcaça de aproximadamente 84 quilos.

Ao se comparar o primeiro trimestre de 2002 com o quarto de 2001, tem-se um aumento de 0,49% no número de animais abatidos e 0,28% no peso total das carcaças. Os números da Pesquisa Trimestral do Abate comprovam a grande oferta de carne suína que tem caracterizado o mercado brasileiro.

A Pesquisa Trimestral de Abate de animais revelou um crescimento da produção brasileira de frangos de corte no primeiro trimestre de 2002, sobre igual período de 2001. Neste período foram abatidos 744.467.112 frangos, com aumento de 7,49%. Mas quando se compara com o último trimestre de 2001, tem-se uma queda no número de animais abatidos na ordem de 1,92%, que se justifica pela tentativa dos produtores de rever o crescimento da produção em 2002, dada a superoferta do produto no mercado que tem gerado a queda de preço.

A Pesquisa da Produção de Ovos indica um aumento de 12,64% no primeiro trimestre de 2002 sobre o mesmo período de 2001. Quando se compara o acumulado dos três primeiros meses de 2002 com o quarto trimestre de 2001, o aumento foi de 3,81%.

A Pesquisa Trimestral do Leite revela um aumento nos volumes de leite tanto adquirido quanto industrializado no primeiro trimestre de 2002, sobre igual período de 2001. O aumento foi de 1,77% para o leite adquirido e 1,78% para o leite industrializado. Este pequeno crescimento decorre da redução dos investimentos por parte dos produtores, a partir do segundo semestre de 2001, dada a crise de preços baixos enfrentada pela atividade.

Com relação ao quarto trimestre de 2001, os volumes de leite tanto adquirido quanto industrializado, no primeiro trimestre de 2002, apresentaram redução de 7,81% e 6,53% respectivamente.

A quantidade de couro cru adquirida no primeiro trimestre de 2002 apresentou queda de 3,84% em relação a igual período de 2001. De Janeiro a Março de 2002 foram adquiridas 5.734.342 unidades de couro cru.

Ao comparar o primeiro trimestre de 2002 com o quarto trimestre de 2001, a queda foi 1,54%.

A quantidade de couro cru curtido no primeiro trimestre de 2002 foi de 5.746.769 unidades, registrando uma queda de 1.81% em relação ao quarto trimestre de 2001 e 4,47% em comparação ao primeiro trimestre de 2001.

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