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S&P eleva ratings da AmBev e mantém perspectiva estável

A classificação da cervejaria passou de BBB para BBB+ na escala global

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de dezembro de 2009 às 08h43.

SÃO PAULO - A agência de classificação de risco Satandard & Poor´s (S&P) elevou os ratings da cervejaria AmBev de BBB para BBB+, na escala global, e reafirmou os ratings brAAA na escala nacional, e também a emissão de debêntures. Segundo a S&P, a perspectiva dos ratings de crédito corporativo em ambas as escalas é estável. Os motivos para o aumento da classificação devem-se à melhora nas vendas e rentabilidade neste ano, à tendência de crescimento econômico e à Copa do Mundo de 2010 que deve sustentar os resultados positivos da companhia.

"A elevação nos ratings reflete a capacidade da AmBev para preservar e ainda melhorar suas margens, apesar dos desafios enfrentados em seus principais mercados durante 2009, resultando em métricas de crédito mais fortes do que as esperadas", afirmou a S&P, em comunicado.

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A avaliação da agência é baseada na projeção de que o forte volume de vendas no Brasil vai continuar nos próximos meses e de que a empresa conseguirá arcar com políticas financeiras prudentes, mantendo o atual nível de alavancagem baixo e a distribuição de dividendos limitada ao fluxo de caixa livre.

No entanto, a agência de risco afirmou, em comunicado, que uma ação de rating positiva é pouco provável a menos que aconteçam melhoras significativas nos riscos-país que afetem os negócios da AmBev em seus principais mercados latino-americanos.

Além disso, para a S&P, possíveis pressões negativas nos ratings poderão derivar de um desempenho operacional mais fraco do que o esperado nos mercados argentino e brasileiro, levando à deterioração significativa nos indicadores de cobertura do fluxo de caixa da empresa.

Ainda segundo a S&P, a expectativa é de que a AmBev encerre 2009 com uma geração interna de caixa sobre sua dívida total em torno de 90%, ante um índice de 74% registrado em 2008.

"Nossos ratings da AmBev refletem seu histórico de resultados consistentemente fortes ao longo dos ciclos econômicos; sua relativa diversificação geográfica; e os seus sólidos indicadores financeiros, como proteção do fluxo de caixa, apesar da potencial volatilidade e desafios econômicos nas operações da América Latina", afirmou S&P, em comunicado.

Liquidez

Em setembro de 2009, a empresa dispunha de uma posição de caixa, considerada forte pelos analistas, de 2,2 bilhões de dólares, contra vencimentos de curto prazo de 521 milhões de dólares. O volume de vencimentos de dívidas nos próximos anos é moderado, com maior concentração em 2011 e 2013, quando há vencimentos de títulos de 500 milhões de dólares em cada ano.

A agência espera que a cervejaria apresente cerca de 3 bilhões de dólares anuais de fluxo de caixa operacional livre (FOCF) para serem distribuídos aos acionistas.

"Embora a AmBev mantenha uma política de distribuição de dividendos agressiva, esperamos que se limite aos seus fluxos de caixa excedentes gerados ao longo do ano, e que a empresa mantenha um nível de alavancagem baixo", ressaltou a S&P, em relatório.

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