Economia

Rússia está à beira da recessão, diz governo

A economia russa se encontra à beira da recessão, já que crescimento se manteve próximo a zero no primeiro semestre, diz ministério


	Vladimir Putin: Rússia e Banco Mundial rebaixaram previsões de crescimento várias vezes
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Vladimir Putin: Rússia e Banco Mundial rebaixaram previsões de crescimento várias vezes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2014 às 09h34.

Moscou - A economia da Rússia se encontra à beira da recessão, já que seu crescimento se manteve próximo a zero durante o primeiro semestre do ano, informou nesta terça-feira o Ministério da Economia do país.

"Isto significa que o estado (da economia) é próximo à recessão. No entanto, consideramos que haverá uma melhora no terceiro trimestre e teremos algo de crescimento", assegurou Oleg Zasov, chefe do departamento de previsões macroeconômicas do Ministério.

Embora a economia russa tenha retrocedido 0,5% no primeiro trimestre, Zasov alegou que o PIB do país poderia crescer entre 0,1% e 0,2% em 2014, segundo as agências locais.

Zasov também revisou para baixo as previsões de crescimento para 2015 - de 2% para 1 % -, já que, segundo ela, não foram cumpridas as previsões sobre uma redução da escalada do conflito ucraniano e um rebaixamento da tensão internacional.

"Esperávamos que os investimentos fossem retomados já no próximo ano, especialmente no setor privado. Mas, agora, vimos que as condições de crédito nos mercados internacionais se endureceram e novas sanções foram introduzidas, o que também não esperávamos", disse.

Além desses fatores, o preço do petróleo será reduzido até US$ 90-95 em 2015, abaixo dos US$ 100 previstos pelo governo russo, segundo informou hoje Alexei Moiseev, vice-ministro russo de Finanças.

Recentemente, o Serviço Federal de Estatísticas russo assegurou que a economia nacional se encontra já em estado de recessão técnica e que as sanções internacionais não chegaram a agravar esta tendência.

A anexação da Crimeia, o conflito no leste da Ucrânia e as sanções internacionais obrigaram a Rússia e o Banco Mundial a rebaixar em várias ocasiões as previsões de crescimento da economia russa para este e para o próximo ano.

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