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Rússia e China vetam pedido para paralisar venda de petróleo à Coreia

Os EUA pediram a interrupção por considerar que a Coreia do Norte já superou as exportações permitidas pelas sanções internacionais em vigor

De acordo com um relatório dos EUA, a Coreia do Norte violou as sanções ao obter de forma ilícita produtos petrolíferos com transferências entre navios (Thinkstock/Thinkstock)
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EFE

Publicado em 19 de julho de 2018 às 15h12.

Nações Unidas - Rússia e China frearam, por enquanto, a solicitação dos Estados Unidos diante da ONU para que se paralise imediatamente as exportações de produtos petrolíferos refinados à Coreia do Norte , afirmaram nesta quinta-feira fontes diplomáticas.

Os dois países disseram ao comitê do Conselho de Segurança das Nações Unidas encarregado das sanções à nação asiática que estão estudando a proposta, mas querem mais informação, segundo as fontes consultadas.

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Os EUA solicitaram na semana passada ao comitê que ordene "a paralisação imediata de todas as transferências de produtos petrolíferos refinados" à Coreia do Norte, por considerar que esse país já superou este ano as exportações permitidas sob o regime de sanções internacionais em vigor.

Os EUA repassaram aos outros 15 Estados-membros do Conselho um relatório que, segundo asseguram, demonstra que a Coreia do Norte violou as sanções ao obter de forma ilícita produtos petrolíferos com transferências entre navios.

O relatório elaborado pelos EUA inclui fotografias que mostram petroleiros norte-coreanos supostamente transferindo cargas, uma prática que, segundo Washington, está ocorrendo "em uma escala muito maior" do que se tinha informado.

As autoridades americanas dizem ter indícios de que, entre 1º de janeiro e 30 de maio, navios norte-coreanos entraram pelo menos 89 vezes em portos do país para "provavelmente" fornecer produtos petrolíferos procedentes de transferências ilícitas no mar.

Segundo os EUA, mesmo se esses petroleiros levassem unicamente um terço da sua carga normal, a Coreia do Norte já teria superado a cota de 500.000 barris anuais imposta nas sanções da ONU.

A questão, segundo fontes diplomáticas, deverá estar entre os assuntos que o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, discutirá amanhã com os membros do Conselho de Segurança, Japão e Coreia do Sul.

Pompeo estará nesta sexta-feira em Nova York para abordar com eles os últimos eventos em relação à Coreia do Norte.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou nos últimos anos várias rodadas com grandes castigos econômicos e diplomáticos ao país asiático, em resposta a seus testes nucleares e de mísseis.

Apesar dos contatos recentes entre EUA e Coreia do Norte, Washington seguiu insistindo na ONU na necessidade de manter a pressão sobre o regime de Kim Jong-un através de sanções.

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