Risco de calote corporativo continuará alto, diz Fitch
Segundo a agência de classificação de risco, caminho à frente é "desanimador" em relação a emissões de títulos corporativos
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 21h55.
O risco de calote entre os emissores de bonds corporativos do Brasil continuará alto neste ano e no próximo após atingir uma alta recorde em 2015 em meio à piora da recessão na maior economia da América Latina, segundo a Fitch Ratings .
“O caminho à frente é desanimador”, escreveu Joe Bormann, vice-diretor regional da Fitch para corporações da América Latina , em comentário como convidado para a newsletter regional da Bloomberg Brief.
“O governo brasileiro tem ferramentas limitadas para diminuir o sofrimento devido à sua posição financeira precária e à paralisia política”.
O Brasil está no meio de sua pior recessão em mais de um século depois que a queda das commodities e a desaceleração da China, maior parceiro comercial do país, minaram a receita das exportações de petróleo, minério de ferro e soja, entre outros.
O real teve uma desvalorização de quase 27 por cento nos últimos 12 meses, pior desempenho entre as principais moedas do mundo, em meio a um déficit orçamentário recorde e a uma turbulência política que tem dificultado os esforços para fazer ajustes fiscais.
A nota soberana do Brasil foi reduzida para junk pela Moody’s Investors Service nesta quarta-feira, com perspectiva negativa, o que significa que pode haver mais rebaixamentos pela frente.
O país perdeu o grau de investimento da Standard Poor’s em setembro e a Fitch rebaixou o país para o território junk em dezembro.
“Diferentemente dos problemas das últimas duas décadas, esta é uma crise de fluxo de caixa”, escreveu Bormann.
“As corporações latino-americanas classificadas pela Fitch investiram cerca de US$ 1 trilhão em despesas de capitais entre 2010 e 2014 e viram os fluxos de caixa operacionais subirem um magro um por cento”.
O risco de calote entre os emissores de bonds corporativos do Brasil continuará alto neste ano e no próximo após atingir uma alta recorde em 2015 em meio à piora da recessão na maior economia da América Latina, segundo a Fitch Ratings .
“O caminho à frente é desanimador”, escreveu Joe Bormann, vice-diretor regional da Fitch para corporações da América Latina , em comentário como convidado para a newsletter regional da Bloomberg Brief.
“O governo brasileiro tem ferramentas limitadas para diminuir o sofrimento devido à sua posição financeira precária e à paralisia política”.
O Brasil está no meio de sua pior recessão em mais de um século depois que a queda das commodities e a desaceleração da China, maior parceiro comercial do país, minaram a receita das exportações de petróleo, minério de ferro e soja, entre outros.
O real teve uma desvalorização de quase 27 por cento nos últimos 12 meses, pior desempenho entre as principais moedas do mundo, em meio a um déficit orçamentário recorde e a uma turbulência política que tem dificultado os esforços para fazer ajustes fiscais.
A nota soberana do Brasil foi reduzida para junk pela Moody’s Investors Service nesta quarta-feira, com perspectiva negativa, o que significa que pode haver mais rebaixamentos pela frente.
O país perdeu o grau de investimento da Standard Poor’s em setembro e a Fitch rebaixou o país para o território junk em dezembro.
“Diferentemente dos problemas das últimas duas décadas, esta é uma crise de fluxo de caixa”, escreveu Bormann.
“As corporações latino-americanas classificadas pela Fitch investiram cerca de US$ 1 trilhão em despesas de capitais entre 2010 e 2014 e viram os fluxos de caixa operacionais subirem um magro um por cento”.