EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h53.
O risco Brasil, que indica a confiança dos investidores estrangeiros no país, caiu nesta quarta-feira (9/8) a 208 pontos, o nível mais baixo da história. Medido pelo banco J.P. Morgan, o indicador avalia o risco dos títulos da dívida externa do país (quanto mais alto, menores as chances de serem honrados) e estabelece o bônus que será pago aos investidores que aplicarem seus recursos nos papéis.
Segundo o diretor de Pesquisa Macroeconômica do Bradesco, Otávio de Barros, a queda deve-se ao aumento de interesse dos investidores pelos títulos brasileiros após a decisão de terça-feira (8/8) do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, de manter em 5,25% os juros básicos da economia americana. "Não só o Brasil, mas todos os países emergentes estão se beneficiando dessa decisão do Fed", afirma.
O fortalecimento da economia, no entanto, também contribui para o aumento da atratividade dos papéis brasileiros. Hoje, de acordo com Barros, o resultado das eleições não preocupa os investidores, como acontecia no passado. Em 2002, o risco Brasil atingiu seu ponto mais alto - 2436 pontos no dia 27 de setembro -, devido aos temores quanto às eleições para presidente. "Os investidores estão confortáveis com a situação do país e há espaço para novas quedas no risco Brasil", afirma.
Segundo o economista, é possível que o indicador rompa a barreira dos 200 pontos, mas ele não acredita que o recuo vá muito além disso. "O Brasil pode até se aproximar do risco México, mas terá que melhorar sua economia para ter quedas mais significativas no indicador", diz. Ontem, o risco México fechou em 116 pontos.