Rio quer prorrogar prazo de calamidade financeira até fim de 2018
O estado de calamidade pública foi decretado pelo então governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP) em junho do ano passado
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de maio de 2017 às 19h01.
Rio - O governo do Rio quer prorrogar até o fim de 2018 o prazo do estado de calamidade pública das suas finanças, previsto inicialmente para terminar neste ano.
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) deve votar nesta terça-feira, 16, o projeto de lei que muda o prazo, de autoria do Executivo.
A assessoria de imprensa do governador Luiz Fernando Pezão declarou que se trata de uma medida preventiva, já que o Estado aguarda a aprovação do Plano de Recuperação Fiscal pelo Senado, e em seguida, a sanção pelo governo federal.
A Câmara dos Deputados concluiu a votação na última quarta-feira.
"Assim que a solução prevista no plano for confirmada, todos os mecanismos previstos na lei de calamidade se tornarão dispensáveis", diz a nota enviada pela assessoria de Pezão.
No site da Alerj, é informado em nota que a votação amanhã sobre a prorrogação ocorrerá em discussão única.
"Através do reconhecimento do estado de calamidade financeira, o Executivo não precisará atender, temporariamente, ao limites de endividamento e de gastos com pessoal impostos por artigos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)", segundo a nota no site da Alerj.
O estado de calamidade pública foi decretado pelo então governador em exercício do Rio, Francisco Dornelles (PP) em junho do ano passado, às vésperas da Olimpíada.
Para justificar a medida, o governo estadual citou alguns itens: a grave crise econômica que assola o Estado do Rio de Janeiro; a queda na arrecadação, principalmente a observada no ICMS e nos royalties e participações especiais do petróleo; os esforços de reprogramação financeira já empreendidos para ajustar as contas estaduais; a crise que vem impedindo o Estado do Rio de honrar seus compromissos para a realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
Também foi mencionado à época que a crise vem acarretando "severas dificuldades" na prestação dos serviços públicos essenciais e pode ocasionar ainda o total colapso na segurança pública, na saúde, na educação, na mobilidade e na gestão ambiental.