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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h56.
O resultado da reunião entre o Fundo Monetário Internacional e o governo da Argentina, que aconteceu na segunda-feira (9/2), acabou com um comunicado oficial pouco esclarecedor: o diálogo foi útil e construtivo.
O diretor do fundo, Horst Koehler, e a vice-diretora Anne Krueger, se encontraram com o ministro da Economia, Roberto Lavagna, e o secretário de Finanças, Guillermo Nielsen, para preparar uma outra reunião, marcada para a semana que vem, que irá definir a renovação do empréstimo de 13 milhões de dólares.
Para aprovar a segunda revisão do acordo, o FMI quer maior disposição da Argentina para a renegociação da dívida soberana de 88 bilhões de dólares, que deixou de ser paga no ano passado. A primeira revisão, apesar de aprovada pelo FMI, não contou com o apoio da Grã-Bretanha, do Japão e da Itália. No último final de semana, o grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo, o G7, também mandou um recado ao FMI: a hora é de endurecer com o governo argentino.
A reunião de ontem, no entanto, parece não ter registrado avanços. Nenhuma proposta alternativa de reestruturação da dívida foi apresentada pela Argentina. No final do ano passado, o governo portenho sugeriu pagar 0,25 dólar por cada 1 dólar devido aos portadores dos títulos soberanos. Os investidores estrangeiros o maior grupo detentor dos bônus argentinos -não gostaram e alguns até já entraram com ações judiciais de cobrança.