Renda média da família brasileira foi recorde em 2009, diz pesquisa
Brasília - A renda média das famílias brasileiras foi de R$ 1.285 no ano passado, segundo pesquisa realizada pela empresa Cetelem Brasil, no final de 2009, que ouviu 1.500 pessoas de nove regiões metropolitanas do país. Financeira do banco francês BNP Paribas, a Cetelem pesquisa o comportamento do consumidor brasileiro e avalia sua intenção de […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - A renda média das famílias brasileiras foi de R$ 1.285 no ano passado, segundo pesquisa realizada pela empresa Cetelem Brasil, no final de 2009, que ouviu 1.500 pessoas de nove regiões metropolitanas do país.
Financeira do banco francês BNP Paribas, a Cetelem pesquisa o comportamento do consumidor brasileiro e avalia sua intenção de compra, por classe social e de acordo com as regiões do país. O levantamento, realizado desde 2005, recebeu o nome de Observador Brasil.
Os números foram divulgados hoje (6) pelo diretor-geral da empresa, Marcos Etchegoyen. De acordo com ele, o aumento do poder de compra da família brasileira foi alavancado principalmente pela expansão da renda das classes C, D e E.
Para Etchegoyen, isso garantiu ao Brasil a retomada do consumo doméstico aos níveis de 2007. Anteriores, portanto, à crise financeira mundial, deflagrada em setembro de 2008, que causou prejuízos generalizados, com impacto mais forte nos países desenvolvidos que nos emergentes.
O dirigente da Cetelem ressaltou que o Observador Brasil constatou contínua evolução da renda disponível das classes D e E, que passou de menos R$ 17, em 2005, para R$ 61, em 2009, o que "indica melhora na qualidade de vida das populações mais pobres".
Tanto que esses extratos sociais perderam 27 milhões de pessoas, de 2005 para cá, que migraram para a classe C. Enquanto as classes D e E encolheram de 51% para 31% da população, a classe C aumentou no mesmo período de 34% para 49%. O conjunto das classes A e B avançou levemente, de 15% para 16% da população brasileira.
A pesquisa verificou, porém, que todas as classes sociais perderam renda disponível em 2009, comparado a 2008, como reflexo da crise financeira mundial, que manteve a tendência de alta moderada em gastos essenciais como supermercado, luz, água, gás, aluguel condomínio, remédios, transporte, bem como nas despesas com vestuário e lazer.