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Relatório confirma tom ameno do Copom, mas riscos persistem

Apesar da melhoria dos fatores de risco internos e externos, analistas apontam pontos fracos na análise do Banco Central

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h55.

O relatório de inflação, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta terça-feira (29/3), confirmou o tom mais leve adotado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em suaata de março. Mas, como boa parte do otimismo do governo se sustenta na melhoria das perspectivas de inflação nos próximos 12 meses, uma eventual reversão de expectativas pode levar a um recrudescimento da política monetária e esta é a maior fraqueza da posição do BC atualmente, de acordo com a consultoria Tendências.

Segundo projeções da consultoria, a inflação acumulada nos últimos 12 meses até março fechará em 6,1%, acima da meta de 5,1% determinada para este ano. Além disso, os núcleos de inflação continuam também em patamares incompatíveis com a meta do governo. "O padrão de inércia contido nos modelos de inflação pode levar a uma revisão para cima das projeções, tanto para 2005 como para horizontes mais longos", diz um relatório da Tendências divulgado nesta quarta-feira (30/3).

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Por ora, contudo, tanto o ambiente interno, quanto o externo não apresentam sinais de deterioração das expectativas. No balanço geral, segundo a consultoria, o BC melhorou sua percepção dos riscos. Mesmo a piora das projeções de inflação para 2005, elaboradas pelo mercado, têm exercido uma pequena influência sobre a política monetária, de acordo com a consultoria. Uma possível explicação para esse comportamento do BC é que a autoridade monetária já teria desistido inclusive de alcançar a meta de 5,1% deste ano, já que subestimou a inércia inflacionária herdada de 2004.

Como, para o BC, o cenário internacional continua favorável o que supõe uma baixa probabilidade de uma alta brusca dos juros americanos o fluxo de recursos para o Brasil deve continuar estável. Por isso, a Tendências avalia que há espaço para a manutenção da taxa Selic no atual patamar de 19,25% ao ano, na próxima reunião do Copom, em abril.

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