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Reino Unido se aproxima de Brexit com apoio do The Sun

Quatro pesquisas colocaram a campanha para que o Reino Unido abandone a União Europeia à frente da campanha pela permanência no bloco

Exemplares do The Sun: libra se aproximou da cotação mais baixa em dois meses frente ao dólar (Miguel Medina/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2016 às 22h08.

Quatro pesquisas colocaram a campanha para que o Reino Unido abandone a União Europeia à frente da campanha pela permanência no bloco no momento em que o jornal The Sun se manifestou a favor de abandonar a UE, o que provocou quedas de ações e da libra esterlina.

A libra se aproximou da cotação mais baixa em dois meses frente ao dólar e os investidores fugiram em busca de refúgios nesta terça-feira depois que a publicação de uma série de novas pesquisas na noite anterior mostrou que os que querem sair da UE estão à frente a apenas nove dias da votação.

O golpe final chegou quando o The Sun, o jornal mais vendido da Grã-Bretanha, apoiou a chamada Brexit na capa.

A estratégia do primeiro-ministro David Cameron para manter o Reino Unido na UE, bloco de 28 países, está sofrendo uma pressão cada vez maior na contagem regressiva para o referendo do dia 23 de junho. A redução da imigração, que é o foco da campanha pela saída, parece repercutir mais entre os eleitores do que as múltiplas advertências do governo para uma recessão econômica fora da UE.

“Esta é uma questão em que a opinião pública britânica sempre demonstrou a possibilidade de votar pela saída”, disse John Curtice, professor de Política da Universidade de Strathclyde em Glasgow e um dos principais especialistas em pesquisas de opinião e eleições do Reino Unido, em entrevista à Bloomberg TV na terça-feira.

No entanto, disse Curtice, o movimento nas pesquisas não é grande, e muitas vezes nos referendos os eleitores voltam ao statu quo nos últimos dias de campanha. “Claramente, uma das questões cruciais entre hoje e o dia 23 de junho é se as pesquisas voltarão ou não para a permanência à medida que os eleitores analisarem os riscos de sair”.

Probabilidades

A estimativa da probabilidade da Brexit feita pelo blog NumberCruncherPolitics disparou de 23,7 por cento para 32,6 por cento. O criador, Matt Singh, escreveu que “temos amplas evidências de que o movimento é real”.

A pesquisa das probabilidades implícitas das casas de apostas feita pela Oddschecker aumentou de 33,5 por cento na segunda-feira para 42,5 por cento na manhã de terça-feira. “O impulso é tão grande que parece inevitável que a Brexit seja favorita no fim de semana”, disse Graham Sharpe, porta-voz da William Hill.

“Fora da UE podemos nos tornar mais ricos, mais seguros e ter liberdade para finalmente forjar nosso próprio destino – como os EUA, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e muitas outras grandes democracias já fazem”, disse The Sun. “Se permanecermos, a Grã-Bretanha será engolida em poucos anos por esse Estado federal dominado pelos alemães que se expande implacavelmente”.

Cameron recorreu ao Partido Trabalhista, de oposição, em busca de ajuda para fortalecer o voto pela permanência. Na segunda-feira, seu antecessor como primeiro-ministro, Gordon Brown, fez um fervoroso apelo para que os eleitores do Partido Trabalhista não deem as costas para a UE.

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Quatro pesquisas colocaram a campanha para que o Reino Unido abandone a União Europeia à frente da campanha pela permanência no bloco no momento em que o jornal The Sun se manifestou a favor de abandonar a UE, o que provocou quedas de ações e da libra esterlina.

A libra se aproximou da cotação mais baixa em dois meses frente ao dólar e os investidores fugiram em busca de refúgios nesta terça-feira depois que a publicação de uma série de novas pesquisas na noite anterior mostrou que os que querem sair da UE estão à frente a apenas nove dias da votação.

O golpe final chegou quando o The Sun, o jornal mais vendido da Grã-Bretanha, apoiou a chamada Brexit na capa.

A estratégia do primeiro-ministro David Cameron para manter o Reino Unido na UE, bloco de 28 países, está sofrendo uma pressão cada vez maior na contagem regressiva para o referendo do dia 23 de junho. A redução da imigração, que é o foco da campanha pela saída, parece repercutir mais entre os eleitores do que as múltiplas advertências do governo para uma recessão econômica fora da UE.

“Esta é uma questão em que a opinião pública britânica sempre demonstrou a possibilidade de votar pela saída”, disse John Curtice, professor de Política da Universidade de Strathclyde em Glasgow e um dos principais especialistas em pesquisas de opinião e eleições do Reino Unido, em entrevista à Bloomberg TV na terça-feira.

No entanto, disse Curtice, o movimento nas pesquisas não é grande, e muitas vezes nos referendos os eleitores voltam ao statu quo nos últimos dias de campanha. “Claramente, uma das questões cruciais entre hoje e o dia 23 de junho é se as pesquisas voltarão ou não para a permanência à medida que os eleitores analisarem os riscos de sair”.

Probabilidades

A estimativa da probabilidade da Brexit feita pelo blog NumberCruncherPolitics disparou de 23,7 por cento para 32,6 por cento. O criador, Matt Singh, escreveu que “temos amplas evidências de que o movimento é real”.

A pesquisa das probabilidades implícitas das casas de apostas feita pela Oddschecker aumentou de 33,5 por cento na segunda-feira para 42,5 por cento na manhã de terça-feira. “O impulso é tão grande que parece inevitável que a Brexit seja favorita no fim de semana”, disse Graham Sharpe, porta-voz da William Hill.

“Fora da UE podemos nos tornar mais ricos, mais seguros e ter liberdade para finalmente forjar nosso próprio destino – como os EUA, o Canadá, a Austrália, a Nova Zelândia e muitas outras grandes democracias já fazem”, disse The Sun. “Se permanecermos, a Grã-Bretanha será engolida em poucos anos por esse Estado federal dominado pelos alemães que se expande implacavelmente”.

Cameron recorreu ao Partido Trabalhista, de oposição, em busca de ajuda para fortalecer o voto pela permanência. Na segunda-feira, seu antecessor como primeiro-ministro, Gordon Brown, fez um fervoroso apelo para que os eleitores do Partido Trabalhista não deem as costas para a UE.

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