Economia

Reforma trará economia em velocidade maior que a de Temer, diz secretário

O secretário Carlos da Costa afirmou em palestra para empresários em São Paulo que a melhor reforma da Previdência é aquela que é "politicamente viável"

O secretário da Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa (Ministério da Economia/Divulgação)

O secretário da Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa (Ministério da Economia/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2019 às 13h20.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2019 às 13h53.

São Paulo - O secretário da Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa, afirmou nesta sexta-feira, 15, em palestra para empresários em São Paulo, que a melhor reforma da Previdência é aquela que é "politicamente viável". Segundo ele, é o que o presidente Jair Bolsonaro tem dito em conversas sobre o tema.

"Se não for politicamente viável, vamos escrever um paper e depois dar a desculpa de por que não foi feita. Não queremos dar desculpa, queremos fazer e vamos fazer", disse o secretário, que acrescentou que a reforma será "impactante, socialmente justa e pró-produtividade".

Da Costa afirmou ainda que a reforma "terá como base definitiva" uma migração para o regime de capitalização, com um custo de transição "suportável" pelo governo. "É a melhor reforma que o Brasil merece."

Segundo ele, a reforma vai trazer economia significativa e numa velocidade maior do que a da proposta do governo de Michel Temer.

Diálogo

Após a palestra, a jornalistas, o secretário afirmou que o governo está disposto a dialogar para construir soluções. "O diálogo envolve sentar, conversar e construir", ressaltou. "Mas há alguns pilares que não podem ser modificados, sob pena de perder consistência", afirmou, sem querer dar mais detalhes.

Governo unido

O secretário da Produtividade, Emprego e Competitividade afirmou também, durante a palestra para empresários, que o governo está "bastante unido", em referência a episódios recentes de crise interna, como o do imposto de importação do leite.

"Estão dizendo que o governo está batendo cabeça, mas vocês não viram nada. Nós brigamos, mas é porque todos querem o bem do País. Em vez de lotear cargos, sentamos para debater", afirmou o secretário.

Da Costa disse ainda que a abertura comercial é "incondicional" para o novo governo. Segundo ele, a abertura será feita de forma lenta, anunciada e para todos os setores.

O secretário reforçou também que o governo trabalha num plano de qualificação da mão de obra dos brasileiros e que esse projeto será construído em parceria com o setor privado. Além disso, afirmou que dados de emprego de janeiro ainda não divulgados mostram contratação.

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