Economia

Reforma ministerial divide poder da Casa Civil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira (23/1) a reforma ministerial de seu primeiro ano de governo. Lula demitiu ministros e remanejou pastas para acomodar os novos participantes que vieram do PMDB, mas a principal mudança diz respeito à estrutura administrativa: a Casa Civil, de José Dirceu, passa a dividir o poder […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h19.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta sexta-feira (23/1) a reforma ministerial de seu primeiro ano de governo. Lula demitiu ministros e remanejou pastas para acomodar os novos participantes que vieram do PMDB, mas a principal mudança diz respeito à estrutura administrativa: a Casa Civil, de José Dirceu, passa a dividir o poder de gestão e de cobrança de todas as outras áreas do governo.

A reforma não podia ter sido feita ontem nem deixada para a amanhã. As condições políticas de hoje é que estão permitindo essa mudança, afirmou Lula.

Criada para cuidar da coordenação política e relações institucionais do governo, a pasta do futuro secretário Aldo Rebelo (PC do B-SP) será o contra-peso de Dirceu. Rebelo fará a ponte entre o Executivo e estados municípios, Congresso, Judiciário e agências reguladoras função até agora da Casa Civil. Dirceu, por sua vez, se transforma do coordenador do governo e atuará mais na cobrança de resultados.

O PMDB acabou ganhando as pastas que já eram esperadas: Comunicações, que ficou com Eunício Oliveira (PMDB-CE) e Previdência, que será assumida pelo senador Amir Lando (PMDB-RO). Miro Teixeira deixa as Comunicações para assumir a liderança do governo na Câmara.

Apesar de ter perdido sua pasta para o PMDB, Ricardo Berzoini conseguiu se manter no primeiro escalão e foi remanejado para o Ministério do Trabalho, deixado por Jaques Wagner, que assume a direção do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no lugar de Tarso Genro que, por sua vez, entra no lugar de Cristovam Buarque, o segundo ministro demitido no dia.

Além da Secretaria de Coordenação Política, Lula criou o Ministério do Desenvolvimento Social, comandado por Patrus Ananias (PT-MG). A pasta reunirá as áreas de atividade social do governo - um superministério que coordenará ações e programas de saúde, educação, assistência social e combate à fome. As duas novas pastas precisarão ser criadas por medidas provisórias.

Lula também mudou a Secretaria Especial de Políticas para Mulher. Entra Nilcéia Freire, professora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, no lugar de Emília Fernandes.

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