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Reforma da Previdência virou "palavra mágica", diz Bolsonaro

De acordo com o presidente, há um grande números de empresários interessados em investir

Bolsonaro: "quem emprega não sou eu. Eu emprego quando crio cargo de comissão ou quando faço concurso" (Marcos Corrêa/Presidência da República/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de junho de 2019 às 09h51.

Brasília - O presidente da República, Jair Bolsonaro , afirmou no sábado, 22, a jornalistas que "reforma" virou uma "palavra mágica" para os investidores interessados em colocar recursos no País. "Em todas as minhas andanças pelo mundo, parece que a palavra mágica passou a ser a reforma da Previdência ."

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que altera a Previdência está em fase de discussão na Câmara dos Deputados.

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De acordo com o presidente, há um grande números de empresários interessados em investir. "Muita gente de dentro do Brasil. Eu estive com os empresários há duas semanas em São Paulo, eles estão esperando (pela reforma)", disse.

Ele afirmou, ainda, que tem sido cobrado em relação à geração de empregos no Brasil, mas pontuou: "quem emprega não sou eu. Eu emprego quando crio cargo de comissão ou quando faço concurso, e o Paulo Guedes decidiu que basicamente poucas áreas terão concurso, porque não tem como pagar mais", afirmou Bolsonaro.

"Até gostaria de uma área ou outra, abri uma exceção para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal. Fora isso, dificilmente teremos concurso no Brasil nos próximos poucos anos", acrescentou.

Na avaliação de Bolsonaro, se a reforma da Previdência for aprovada, o País vai retomar a confiança. "E os investimentos virão. E atrás disso, vem emprego", disse o presidente.

Encontro no Japão

Bolsonaro falou com jornalistas na manhã de sábado, na saída da Coordenadoria de Saúde do Palácio do Planalto, em Brasília. Questionado sobre o motivo da visita ao prédio, ele afirmou se tratar de procedimentos de rotina e que queria se precaver antes da viagem que vai fazer para o encontro do G-20, no Japão.

"Vou viajar terça-feira para o Japão, então vim dar uma olhadinha se não tem nada esquisito", brincou o presidente. "A gente tem que sair 100%, deve dar 25 horas de voo. Fiz um exame de sangue e daqui a pouco sai o resultado. No resto, tudo bem", disse.

O presidente afirmou ainda, ao falar sobre a viagem, que diversos líderes mundiais querem reuniões bilaterais com o Brasil, por ocasião do encontro do G-20 no Japão. "E a gente se prepara para falar com qualquer um. Os possíveis assuntos, a gente busca sempre não ser surpreendido", disse.

"Nós estamos tentando, juntamente com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, uma conversa com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as questões da América do Sul", comentou Bolsonaro.

"A gente sabe da dificuldade em que está a Argentina, que pode voltar para a (ex-presidente) Cristina Kirchner. É uma preocupação de todo mundo, que não quer uma nova Venezuela aqui no sul do continente", acrescentou.

Bolsonaro indicou, no entanto, que a reunião com o presidente dos Estados Unidos tem como objetivo tratar da agenda econômica, e não discutir especificamente as questões eleitorais da América do Sul.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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