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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h25.
ROBERTO SETÚBAL
Presidente do banco Ita
Não creio que chegaremos à recessão, pois a inflação já está cedendo e tende a vir para os níveis das metas do BC. No médio prazo, à medida que a inflação ceder, a política monetária poderá ser atenuada. No longo prazo, com as reformas aprovadas e com a situação fiscal e a externa bem consolidadas, as taxas de juro poderão ser reduzidas, estimulando o consumo e os investimentos do setor privado.
ROGER AGNELLI
Presidente da Vale do Rio Doce
Após um trabalho duro, nos últimos cinco meses, todos os sinais de retomada do crescimento estão aparecendo: inflação sob controle, risco Brasil caindo, volta do crédito internacional e dos investimentos nacionais e estrangeiros, bem como equilíbrio no balanço de pagamentos. Esses sinais positivos indicam que está chegando a hora de baixar os juros.
MÁRCIO CYPRIANO
Presidente do Bradesco
Os primeiros meses do governo Lula são um período de arrumação da casa, com queda na produção, aumento do desemprego e baixa demanda de crédito. Por outro lado, temos um país com liquidez no fluxo de capitais, finanças controladas e credibilidade em ascensão. Acredito que esta é uma fase de transição e que, em curto prazo, teremos condições de flexibilizar a política monetária e iniciar nova etapa de crescimento.
WILLIAM LING
Presidente da Petropar
O cenário tende a melhorar, tanto o nacional quanto o internacional. Questões que nos afligiam, como o preço do petróleo, a guerra no Iraque, o novo governo no Brasil, estão caminhando bem. A atual instabilidade é mais um reflexo do que passou do que de algo que está por vir.
MORGAN HARTING
Diretor de avaliação de dívida soberana para a América Latina da agência Fitch Ratings
Estamos prevendo um crescimento modesto para o país, inferior a 2%. Há três meses elevamos a nota da dívida soberana brasileira de B negativo para B estável, baseando-nos nos sinais de uma atuação séria do BC na condução da política monetária. Acredito também que existe espaço para uma queda de juros nas próximas reuniões do Copom.
BERNARDO PARNES
Presidente da Merrill Lynch no Brasil
Não vejo a perspectiva de um quadro recessivo para este ano. Espero um crescimento modesto. O risco de volta à inflação é pequeno. A grande questão daqui para a frente diz respeito à velocidade com que as reformas serão feitas e também se elas realmente corresponderão às expectativas do mercado.