Exame Logo

Receita nominal de serviços de transporte sobe 8,7% em março

Houve significativa exportação de grãos e carnes no mês, que foi o primeiro em que a balança comercial ficou positiva, com superávit de US$ 458 milhões

Mesmo com o avanço, o IBGE ponderou que ainda é cedo para apontar uma tendência de retomada no setor (Arquivo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 13h15.

Rio de Janeiro - O aumento de 8,7% na receita nominal dos serviços de transportes em março ante igual mês do ano passado foi puxado pelo aquecimento da demanda no setor agropecuário , afirmou nesta quarta-feira, 20, Roberto Saldanha, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado colocou o setor como principal impacto positivo no resultado da atividade de serviços em março (6,1%).

"Isso é contribuição do setor agrobusiness. Houve significativa exportação de grãos e carnes. Março foi o primeiro mês em que a balança comercial brasileira ficou positiva, o superávit foi de US$ 458 milhões. Então, o aquecimento da demanda foi do setor de agrobusiness. Por parte da indústria, a demanda continua retraída", afirmou Saldanha.

Segundo ele, a valorização do dólar ante o real foi um estímulo às vendas para o exterior, o que impactou a demanda por fretes.

O gerente ponderou que ainda é cedo para apontar uma tendência de retomada no setor, que amargou nos primeiros dois meses de 2015 resultados muito baixos e até queda nominal na receita.

"Não podemos afirmar que é o começo de uma recuperação contínua", disse Saldanha.

Além disso, nem todos os segmentos dos transportes se beneficiaram do momento mais favorável em março. O transporte aéreo, na contramão, registrou queda nominal de 3,3% na receita contra março de 2014.

"Ao contrário de fevereiro, quando houve queda nominal em função da menor demanda corporativa, o transporte aéreo teve queda em março em função da redução de tarifas", explicou o gerente do IBGE.

Ligeira recuperação

De acordo com o IBGE, depois de registrar o menor crescimento na série histórica por dois meses consecutivos, o setor de serviços retomou fôlego e expandiu sua receita nominal em 6,1% em março ante março do ano passado. Mas o resultado deve ser encarado com reservas, alertou Saldanha.

"Eu chamaria de uma ligeira recuperação. Mas ainda está muito abaixo das taxas verificadas em outros meses, principalmente o período antes do segundo semestre de 2014", afirmou Saldanha.

Em janeiro, a receita nominal de serviços cresceu 1,8%, enquanto em fevereiro a alta nominal foi de 0,9%, sempre na comparação interanual. Esses foram os menores resultados da série, iniciada em janeiro de 2012.

Agora, com o resultado de março, os serviços acumulam alta de 4,6% na receita nominal em 12 meses, sem descontar a inflação. Trata-se do menor resultado nesta base em toda a série, iniciada em janeiro de 2013 neste tipo de confronto.

Veja também

Rio de Janeiro - O aumento de 8,7% na receita nominal dos serviços de transportes em março ante igual mês do ano passado foi puxado pelo aquecimento da demanda no setor agropecuário , afirmou nesta quarta-feira, 20, Roberto Saldanha, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado colocou o setor como principal impacto positivo no resultado da atividade de serviços em março (6,1%).

"Isso é contribuição do setor agrobusiness. Houve significativa exportação de grãos e carnes. Março foi o primeiro mês em que a balança comercial brasileira ficou positiva, o superávit foi de US$ 458 milhões. Então, o aquecimento da demanda foi do setor de agrobusiness. Por parte da indústria, a demanda continua retraída", afirmou Saldanha.

Segundo ele, a valorização do dólar ante o real foi um estímulo às vendas para o exterior, o que impactou a demanda por fretes.

O gerente ponderou que ainda é cedo para apontar uma tendência de retomada no setor, que amargou nos primeiros dois meses de 2015 resultados muito baixos e até queda nominal na receita.

"Não podemos afirmar que é o começo de uma recuperação contínua", disse Saldanha.

Além disso, nem todos os segmentos dos transportes se beneficiaram do momento mais favorável em março. O transporte aéreo, na contramão, registrou queda nominal de 3,3% na receita contra março de 2014.

"Ao contrário de fevereiro, quando houve queda nominal em função da menor demanda corporativa, o transporte aéreo teve queda em março em função da redução de tarifas", explicou o gerente do IBGE.

Ligeira recuperação

De acordo com o IBGE, depois de registrar o menor crescimento na série histórica por dois meses consecutivos, o setor de serviços retomou fôlego e expandiu sua receita nominal em 6,1% em março ante março do ano passado. Mas o resultado deve ser encarado com reservas, alertou Saldanha.

"Eu chamaria de uma ligeira recuperação. Mas ainda está muito abaixo das taxas verificadas em outros meses, principalmente o período antes do segundo semestre de 2014", afirmou Saldanha.

Em janeiro, a receita nominal de serviços cresceu 1,8%, enquanto em fevereiro a alta nominal foi de 0,9%, sempre na comparação interanual. Esses foram os menores resultados da série, iniciada em janeiro de 2012.

Agora, com o resultado de março, os serviços acumulam alta de 4,6% na receita nominal em 12 meses, sem descontar a inflação. Trata-se do menor resultado nesta base em toda a série, iniciada em janeiro de 2013 neste tipo de confronto.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaCrescimento econômicoDesenvolvimento econômicoServiços diversos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame