Economia

Receio de ressurgência da inflação na Europa é exagerado, diz BCE

Um porta-voz do Banco Centra Europeu defendeu em evento nesta quinta-feira a política monetária agressiva da instituição

BCE: "eu naturalmente simpatizo com a preocupação dos poupadores alemães, que enfrentam juros baixos", disse de Galhau (Foto/Getty Images)

BCE: "eu naturalmente simpatizo com a preocupação dos poupadores alemães, que enfrentam juros baixos", disse de Galhau (Foto/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de janeiro de 2017 às 16h23.

Munique - O membro do conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), François Villeroy de Galhau, defendeu nesta quinta-feira a política monetária agressiva da instituição, afirmando que os riscos de uma ressurgência da inflação são exagerados.

Em um evento na Alemanha, país que abriga diversos críticos da política monetária expansionista do BCE, de Galhau afirmou acreditar que as ações da instituição "estão bastante alinhadas com os valores alemães, que eu também compartilho".

"Eu naturalmente simpatizo com a preocupação dos poupadores alemães, que enfrentam juros baixos", disse de Galhau, que também é presidente do Banco da França. "Não é nosso objetivo manter os juros baixos por muito tempo. Os baixos juros não são um fim em si mesmo."

O francês afirmou também que o programa de compras de ativos não vai durar para sempre, mas que os dirigentes "ainda não discutiram claramente uma redução ou qualquer tipo de estratégia para terminá-lo".

Em relação ao Brexit, de Galhau afirmou que o discurso da semana passada da premiê do Reino Unido, Theresa May, ofereceu mais detalhes sobre suas intenções, mas que "é essencial ter uma princípio em mente: o mercado único não é divisível e o acesso a ele é inseparável do respeito às suas regras".

Isso significa que um acordo de livre comércio, como proposto por May, seria "bastante difícil, uma vez que não é possível escolher ficar apenas os melhores aspectos" do mercado único. Fonte: Dow Jones Newswires.

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