Economia

Rebaixamento de nota soberana não teve efeito, diz Mantega

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o rebaixamento da nota soberana de crédito do Brasil não teve nenhum efeito no país


	Guido Mantega: "ninguém olhou para isso", disse o ministro da Fazenda
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

Guido Mantega: "ninguém olhou para isso", disse o ministro da Fazenda (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2014 às 13h47.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira, no programa de rádio "Bom Dia Ministro", da EBC, que o rebaixamento da nota soberana de crédito do Brasil não teve nenhum efeito no país e que "ninguém olhou para isso".

Na semana passada, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) diminuiu a nota soberana do país de "BBB" para "BBB-".

"Porque justamente na semana em que houve esse suposto rebaixamento, a bolsa subiu, os juros caíram no mercado futuro, o real subiu frente ao dólar. A nota foi totalmente descartada pelos mercados. Ninguém olhou para isso", afirmou o ministro.

Mantega disse ainda que, ao contrário do que dizem alguns analistas, "o investidor externo está entrando com força". Segundo o ministro, o rebaixamento da nota pela S&P "não teve nenhuma repercussão".

Mantega acrescentou que "há alguns anos" a mesma agência "rebaixou a nota dos Estados Unidos e também não aconteceu nada, todo mundo continuou investindo".

"As coisas são bastante relativas", ponderou o ministro, para quem os "fundamentos" da economia brasileira são "sólidos" e "resistentes" frente aos impactos das turbulências globais.

Na semana passada, ao anunciar o rebaixamento de nota do Brasil, a S&P justificousua decisão por variadas razões, entre as quais "a combinação de deterioração fiscal e a possibilidade de que a política fiscal se mantenha frágil em meio ao crescimento moderado nos próximos anos".

O comunicado da agência também se referiu a "uma capacidade limitada para ajustar essa política antes das eleições presidenciais de outubro e o enfraquecimento das contas externas do Brasil".

Dois dias após anunciar essa decisão, a S&P também rebaixou a classificação de treze instituições financeiras brasileiras.

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