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Real tem a 2ª maior valorização global no trimestre

O pano de fundo local desse fortalecimento do real é a política

Real: aumento da possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff influenciou no fortalecimento da moeda brasileira (Reprodução/YouTube)
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Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2016 às 10h26.

São Paulo - O real foi a segunda moeda que mais se valorizou no mundo na comparação com o dólar durante o primeiro trimestre. Em três meses, o dólar ficou quase 10% mais barato no Brasil. O noticiário político com maior possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff explica parte do fortalecimento do real.

O sinal de que a política monetária seguirá relaxada por mais algum tempo nos Estados Unidos e a alta das commodities também ajudaram o real. Esse fenômeno, porém, não é exclusividade dos brasileiros e alcançou outras divisas ligadas às matérias-primas da Indonésia à Noruega.

Nos primeiros três meses do ano, o preço do dólar em reais caiu 9,34%. Assim, a taxa de câmbio recuou de R$ 3,96 no fim do ano passado para os R$ 3,59 do fechamento de quinta-feira, 31 de março.

O pano de fundo local desse fortalecimento do real é a política. Com a chegada da operação Lava Jato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o enfraquecimento do governo Dilma Rousseff, investidores avaliam que cresceu a chance de impeachment. Para o mercado, a saída de Dilma pode abrir caminho para um governo mais inclinado às reformas e com capital político para aprovar medidas necessárias para arrumar a economia. Esse é o cenário previsto pelos investidores e, por isso, muitos voltaram a comprar reais.

O fortalecimento da moeda brasileira, porém, não pode ser considerado um fenômeno isolado. Os analistas do Morgan Stanley dizem que o grande fator que tem influenciado o mercado global de moedas é a política monetária dos Estados Unidos. Após o início do aperto monetário em dezembro de 2015 nos EUA, a economia global começou a falhar, as incertezas cresceram e o Federal Reserve deixou claro que o movimento de alta será mais lento e gradual.

"O aperto monetário será menos intenso. Isso enfraquece o dólar e manterá a pressão vendedora por algum tempo", dizem os analistas do Morgan Stanley. O enfraquecimento do dólar acontece porque o juro que o investidor consegue nos EUA será, pelo menos por enquanto, menor que o imaginado previamente.

Nesse cenário, o real brasileiro teve a segunda maior valorização entre as 47 divisas acompanhadas pelo serviço de cotações IDC no trimestre e só ficou atrás do ringgit da Malásia, onde o dólar ficou 9,51% mais barato. Logo atrás da moeda brasileira, o rublo da Rússia viveu o mesmo fenômeno e o dólar caiu 8,07% para os russos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O sinal de que a política monetária seguirá relaxada por mais algum tempo nos Estados Unidos e a alta das commodities também ajudaram o real. Esse fenômeno, porém, não é exclusividade dos brasileiros e alcançou outras divisas ligadas às matérias-primas da Indonésia à Noruega.

Nos primeiros três meses do ano, o preço do dólar em reais caiu 9,34%. Assim, a taxa de câmbio recuou de R$ 3,96 no fim do ano passado para os R$ 3,59 do fechamento de quinta-feira, 31 de março.

O pano de fundo local desse fortalecimento do real é a política. Com a chegada da operação Lava Jato ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o enfraquecimento do governo Dilma Rousseff, investidores avaliam que cresceu a chance de impeachment. Para o mercado, a saída de Dilma pode abrir caminho para um governo mais inclinado às reformas e com capital político para aprovar medidas necessárias para arrumar a economia. Esse é o cenário previsto pelos investidores e, por isso, muitos voltaram a comprar reais.

O fortalecimento da moeda brasileira, porém, não pode ser considerado um fenômeno isolado. Os analistas do Morgan Stanley dizem que o grande fator que tem influenciado o mercado global de moedas é a política monetária dos Estados Unidos. Após o início do aperto monetário em dezembro de 2015 nos EUA, a economia global começou a falhar, as incertezas cresceram e o Federal Reserve deixou claro que o movimento de alta será mais lento e gradual.

"O aperto monetário será menos intenso. Isso enfraquece o dólar e manterá a pressão vendedora por algum tempo", dizem os analistas do Morgan Stanley. O enfraquecimento do dólar acontece porque o juro que o investidor consegue nos EUA será, pelo menos por enquanto, menor que o imaginado previamente.

Nesse cenário, o real brasileiro teve a segunda maior valorização entre as 47 divisas acompanhadas pelo serviço de cotações IDC no trimestre e só ficou atrás do ringgit da Malásia, onde o dólar ficou 9,51% mais barato. Logo atrás da moeda brasileira, o rublo da Rússia viveu o mesmo fenômeno e o dólar caiu 8,07% para os russos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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