Economia

Reajustes salariais têm melhor 1º semestre desde 1996

Pesquisa do Dieese mostra que nunca, nos últimos dez anos, tantos trabalhadores conseguiram reposição de perdas com a inflação e aumentos reais

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h58.

As negociações sindicais realizadas nos seis primeiros meses de 2006 foram as mais favoráveis aos trabalhadores dos últimos dez anos, na comparação entre todos os primeiros semestres desde 1996. De acordo com estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 95,6% dos acordos firmados entre empregados e empregadores entre janeiro e junho resultaram em reajustes iguais ou superiores à variação da inflação.

O recorde anterior, de 85,1%, havia sido estabelecido no primeiro semestre do ano passado. Os primeiros seis meses de 2005 também detinham o mais alto índice de negociações que resultaram em reajustes superiores à inflação, outra marca batida no primeiro semestre de 2006. Enquanto na primeira metade do ano passado os trabalhadores conseguiram aumentos reais de salário em 67% dos casos, no mesmo período de 2006 o índice foi de 82%.

Segundo o Dieese, as negociações entre trabalhadores e empregados têm sido favorecidas em 2006 pelos baixos patamares das taxas de inflação, o que também propicia a realização de aumentos reais. Além disso, o crescimento da economia tem oferecido um melhor cenário para os acordos.

A pesquisa mostra ainda que o comércio foi o setor que mais concedeu reajustes superiores à inflação: 91% das categorias conseguiram aumentos reais. Na indústria, 84% dos acordos dos reajustes foram superiores às perdas com a inflação, enquanto no setor de serviços, o índice ficou em 77%.

A pesquisa do Dieese analisou os reajustes salariais conseguidos em 271 negociações de categorias profissionais com datas-base situadas entre janeiro e junho.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Acelerada pela Nvidia, Google — e agora Amazon —, startup quer inovar no crédito para PMEs

Cigarro mais caro deve pressionar inflação de 2024, informa Ministério da Fazenda

Fazenda eleva projeção de PIB de 2024 para 3,2%; expectativa para inflação também sobe, para 4,25%

Alckmin: empresas já podem solicitar à Receita Federal benefício da depreciação acelerada