Reajuste para auditores fiscais deve encerrar greves na Receita
Desde o início das paralizações, cargas se avolumaram nas alfândegas e fiscalizações deixaram de ser feitas, derrubando a arrecadação do governo
Estadão Conteúdo
Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 15h44.
Brasília - O reajuste concedido para servidores da Receita Federal deve arrefecer um dos maiores movimentos da categoria dos últimos anos.
Desde o início de 2016, auditores e outros funcionários do fisco fazem paralisações e operações padrão. Cargas se avolumaram nas alfândegas e fiscalizações deixaram de ser feitas, derrubando ainda mais a arrecadação de tributos do governo.
Até a divulgação de dados pela Receita foi pela metade nos últimos meses.
De acordo com o secretário-geral do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita (Sindifisco), Cláudio Damasceno, a reivindicação salarial da carreira tributária - que inclui auditores e analistas - foi totalmente atendida.
"Ainda temos a questão sobre as prerrogativas do cargo de auditor fiscal e outras questões não remuneratórias que pretendemos continuar a discutir com o governo e o Congresso Nacional", afirmou.
Ele admite, porém, que a tendência é que as paralisações sejam suspensas após o reajuste.
Auditores e analistas terão aumento de 21,3% até 2019, além da criação de um bônus de eficiência que será pago de acordo com metas de produtividade.
O salário inicial passará para R$ 18.296 já em dezembro (que será pago em janeiro) e R$ 19.211 a partir de janeiro de 2017, alcançando R$ 21.029 em 2019. No final da carreira, poderá chegar a R$ 27.303 em 2019.
Somados aos vencimentos, o bônus será de R$ 7.500 para auditores e R$ 4.500 para analistas nos pagamentos relativos a janeiro e fevereiro.
A partir de fevereiro, o valor será de R$ 3 mil para auditores e R$ 1.800 para analistas e variará de acordo com o cumprimento de metas, que serão estabelecidas pelo governo em até 60 dias.