Quase 5 milhões de italianos vivem em pobreza absoluta
O número representa 7,9% da população e ficou estável na comparação com os últimos quatro anos
Da Redação
Publicado em 14 de julho de 2017 às 17h52.
Última atualização em 14 de julho de 2017 às 18h03.
Roma – Pouco mais de 4,7 dos 60,8 milhões de italianos estavam vivendo em condição de pobreza absoluta em 2016, revelou um estudo apresentado pelo Instituto Italiano de Estatísticas (Istat) nesta quinta-feira (13).
Em número de famílias, há quase 1,7 milhão na miséria.
O número representa 7,9% da população e ficou estável na comparação com os últimos quatro anos, mas está bem acima do registrado em 2012, quando 5,6% dos italianos estavam nessas condições.
Apesar da estabilidade dos últimos anos, quando é analisada a incidência da pobreza absoluta em famílias com três ou mais filhos, houve uma grande alta.
Há dois anos, elas representavam 18,3% desse tipo de estrutura familiar contra 26,8% no ano passado.
Houve também uma alta significativa na pobreza entre as pessoas menores de idade, que aumentaram de 10,9% em 2015 para 12,5% (1,292 milhão) em 2016.
Já por regiões, a área central foi a que registrou o maior aumento de pessoas em pobreza absoluta, sendo 7,3% da população geral, e de famílias nessa situação, que representam 5,9%.
Segundo o Istat, o fato ocorreu por conta da piora nas condições de vida daqueles que vivem fora das áreas metropolitanas, em pequenas cidades com até 50 mil habitantes.
No entanto, o chamado “Mezzogiorno”, que representa o sul do país, ainda é o que mais tem pessoas nessas condições, com 8,5% da população atingida.
Como ocorreu nos anos anteriores, a incidência da pobreza absoluta diminui conforme aumenta o grau de estudos de, ao menos, um membro da família.
Ela fica em 8,2% para quem tem o ensino básico e cai para 4% quando há um diploma. Nos grupos familiares em que a principal renda vem de alguém definido como “operário”, a incidência da pobreza é o dobro (12,3%) daquelas famílias em que há alguém com cargo “mais complexo” (6,2%).
Analisando por faixas etárias, como vem sendo registrado desde 2012, a relação é inversa quando se compara pobreza com idade.
Nas famílias em que a pessoa de referência é alguém com mais de 60 anos, a miséria atinge 3,9% das unidades. Já naquelas que o responsável é alguém com menos de 35 anos, o número dispara para 10,4% – um valor que triplicou desde 2005.
De acordo com a entidade, isso ocorre por conta do alto desemprego entre os mais jovens e pelos baixos salários daqueles que conseguem um trabalho.
Este conteúdo foi publicado originalmente no site da ANSA .