A projeção da inflação oficial feita pelo mercado financeiro parou de subir. Na mais recente pesquisa Focus, feita pelo Banco Central na semana passada, a mediana das expectativas para o IPCA em 2004 foi de 6%, a mesma registrada na semana retrasada. Para março, a estimativa caiu de 0,43% para 0,42% e, para o mês seguinte, a expectativa é de variação de 0,41%.

Para o crescimento da economia, o levantamento junto às principais instituições financeiras do país mostra redução da previsão média em 2004 de 3,54% para 3,5%. Para 2005, a estimativa média de crescimento do Produto Interno Bruto também, caiu: passou de 3,71% para 3,7%.

Por outro lado, os analistas elevaram a estimativa para o superávit da balança comercial neste ano de 23,1 bilhões de dólares para 24 bilhões.

A semana

A crise política do governo Lula deve continuar atrapalhando os negócios durante esta semana. Além das notícias do Palácio do Planalto, o mercado financeiro também estará de olho na divulgação do IGP-M de março, que a Fundação Getúlio Vargas divulga na terça-feira (30/3).

O comportamento da inflação neste e no próximo mês, bem como o desempenho da economia do país no primeiro trimestre do ano, serão decisivos para o governo Lula. Para boa parte dos analistas, o IGP-M ainda não deve mostrar a desaceleração da inflação, que teve picos sazonais no início do ano. Para os analistas do Bradesco, por exemplo, o IGP-M pressionado pelos preços no atacado - deve variar 1,1%, bem acima dos 0,69% registrados em fevereiro.

Além da inflação, são poucos os índices de relevância que serão divulgados ao longo da semana. O Dieese deve mostrar a variação do custo de vida em março e a Anfavea os números de produção e vendas do setor automotivo.