Profissionais liberais lideram inadimplência, aponta BC
Nível de calote entre brasileiros que trabalham por conta própria em atividades como arquitetura, contabilidade, direito e odontologia é o mais elevado entre categorias analisadas em estudo
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2011 às 19h39.
Brasília - Profissionais liberais têm as maiores taxas de inadimplência do Brasil. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central mostra que o nível de calote entre os brasileiros que trabalham por conta própria em atividades como a arquitetura, contabilidade, direito e odontologia é a mais elevada entre todas as categorias de clientes identificados pelo BC.
Segundo o levantamento apresentado nesta quinta-feira, em todas as regiões do Brasil clientes com a ocupação "profissional liberal" ocupam o desconfortável primeiro lugar na lista de inadimplentes. Na região Centro-Oeste, é onde há o pior indicador: 5,2% dos profissionais liberais estão com pagamentos de dívidas com atraso superior a 90 dias. Em seguida, estão as regiões Sudeste (5,1%), Sul (4,6%), Nordeste (4,5%) e, por último, os Estados do Norte (4,4%).
A segunda categoria com mais calotes é a dos empresários, cujas taxas de inadimplência oscilam entre a máxima de 4,3% no Centro-Oeste e a mínima de 3,7% no Sudeste. No restante do Brasil, a taxa de atrasos entre os empresários é de 4% no Nordeste e Norte e de 3,8% no Sul do Brasil.
Trabalhador privado é mais caloteiro do que o do setor público
Segundo a pesquisa, os empregados do setor privado são, proporcionalmente, mais caloteiros do que funcionários públicos. Em quatro das cinco regiões brasileiras, clientes que trabalham na iniciativa privada têm taxas de inadimplência maiores que os colegas que estão no setor público. A única exceção é o Sul do Brasil, onde o quadro se inverte.
Na região Sudeste, enquanto a taxa de calote entre os devedores que trabalham nas empresas é de 3,3%, o porcentual entre os servidores públicos é de 2,1%. No Nordeste, estão os servidores públicos que melhor pagam as dívidas no Brasil, com inadimplência de apenas 0,6%. Nessa mesma região, o indicador dos empregados privados está em 2,1%.
Nas outras regiões, o empregado privado sempre é mais inadimplente que o servidor: Centro-Oeste (2,4% dos privados contra 2,1% do funcionalismo) e Norte (2,5% ante 1,1%).
A única exceção está nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na região Sul, a inadimplência dos servidores públicos, de 3,3%, é maior entre a categoria em todo o País e supera, inclusive, a taxa registrada entre os empregados do setor privado na região, de 3,1%.
Aposentados
Entre os brasileiros que deixaram de trabalhar, os nordestinos são os melhores pagadores, com taxa de inadimplência de 0,8%. Em seguida, estão os clientes do Norte, com calote de 0,9%. Com indicadores bem piores, aparecem os aposentados do Centro-Oeste, com taxa de 1,9%, e do Sudeste e Sul, ambos com índice de inadimplência de 2,3%.
A pesquisa do BC divulgada no Relatório Trimestral de Inflação foi feita com a análise das características dos tomadores de empréstimos de quatro grandes bancos que, juntos, detinham 74% do mercado em julho de 2011. Entre as informações analisadas nos dados cadastrais, estão o sexo, idade, estado de residência e tipo de ocupação.
Brasília - Profissionais liberais têm as maiores taxas de inadimplência do Brasil. Pesquisa divulgada nesta quinta-feira pelo Banco Central mostra que o nível de calote entre os brasileiros que trabalham por conta própria em atividades como a arquitetura, contabilidade, direito e odontologia é a mais elevada entre todas as categorias de clientes identificados pelo BC.
Segundo o levantamento apresentado nesta quinta-feira, em todas as regiões do Brasil clientes com a ocupação "profissional liberal" ocupam o desconfortável primeiro lugar na lista de inadimplentes. Na região Centro-Oeste, é onde há o pior indicador: 5,2% dos profissionais liberais estão com pagamentos de dívidas com atraso superior a 90 dias. Em seguida, estão as regiões Sudeste (5,1%), Sul (4,6%), Nordeste (4,5%) e, por último, os Estados do Norte (4,4%).
A segunda categoria com mais calotes é a dos empresários, cujas taxas de inadimplência oscilam entre a máxima de 4,3% no Centro-Oeste e a mínima de 3,7% no Sudeste. No restante do Brasil, a taxa de atrasos entre os empresários é de 4% no Nordeste e Norte e de 3,8% no Sul do Brasil.
Trabalhador privado é mais caloteiro do que o do setor público
Segundo a pesquisa, os empregados do setor privado são, proporcionalmente, mais caloteiros do que funcionários públicos. Em quatro das cinco regiões brasileiras, clientes que trabalham na iniciativa privada têm taxas de inadimplência maiores que os colegas que estão no setor público. A única exceção é o Sul do Brasil, onde o quadro se inverte.
Na região Sudeste, enquanto a taxa de calote entre os devedores que trabalham nas empresas é de 3,3%, o porcentual entre os servidores públicos é de 2,1%. No Nordeste, estão os servidores públicos que melhor pagam as dívidas no Brasil, com inadimplência de apenas 0,6%. Nessa mesma região, o indicador dos empregados privados está em 2,1%.
Nas outras regiões, o empregado privado sempre é mais inadimplente que o servidor: Centro-Oeste (2,4% dos privados contra 2,1% do funcionalismo) e Norte (2,5% ante 1,1%).
A única exceção está nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na região Sul, a inadimplência dos servidores públicos, de 3,3%, é maior entre a categoria em todo o País e supera, inclusive, a taxa registrada entre os empregados do setor privado na região, de 3,1%.
Aposentados
Entre os brasileiros que deixaram de trabalhar, os nordestinos são os melhores pagadores, com taxa de inadimplência de 0,8%. Em seguida, estão os clientes do Norte, com calote de 0,9%. Com indicadores bem piores, aparecem os aposentados do Centro-Oeste, com taxa de 1,9%, e do Sudeste e Sul, ambos com índice de inadimplência de 2,3%.
A pesquisa do BC divulgada no Relatório Trimestral de Inflação foi feita com a análise das características dos tomadores de empréstimos de quatro grandes bancos que, juntos, detinham 74% do mercado em julho de 2011. Entre as informações analisadas nos dados cadastrais, estão o sexo, idade, estado de residência e tipo de ocupação.