Produção industrial opera acima do pré-pandemia em 5 locais pesquisados
Na comparação com junho de 2020, houve crescimento da produção em dez dos 15 locais pesquisados em junho de 2021
Estadão Conteúdo
Publicado em 11 de agosto de 2021 às 11h08.
Última atualização em 11 de agosto de 2021 às 11h08.
A produção industrial operava em junho acima do patamar pré-pandemia em apenas cinco dos 15 locais pesquisados. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional e foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Os cinco parques industriais com volume de produção superior ao de fevereiro de 2020, no pré-pandemia, são Minas Gerais (15,5% acima do pré-covid), Amazonas (9,4%), Santa Catarina (6,1%), Rio de Janeiro (4,2%) e São Paulo (3,4%).
Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, Bernardo Almeida, houve melhora na indústria em maio devido à flexibilização de medidas de isolamento social em relação a abril, quando foram registradas mais interrupções na cadeia produtiva por conta da segunda onda da pandemia de covid-19.
"Já o resultado de junho, mostrando estabilidade, demonstra mais realisticamente o ambiente em que se encontra a indústria nacional", afirmou Almeida, em nota do IBGE.
A produção industrial caiu em dez dos 15 locais pesquisados na passagem de maio para junho. Em São Paulo, maior parque industrial do País, houve uma queda de 0,9%, puxada pelo mau desempenho do setor de veículos, mas também de máquinas, aparelhos e materiais elétricos.
Na comparação com junho de 2020, houve crescimento da produção em dez dos 15 locais pesquisados em junho de 2021. O resultado é influenciado pela base de comparação baixa, uma vez que a indústria ainda sofria em junho do ano passado com o choque provocado pela pandemia.
No segundo trimestre de 2021, a indústria teve expansão de 22,6% na produção ante igual período do ano anterior, a alta mais intensa desde o início da série histórica nesse tipo de comparação, também sob influência da base de comparação depreciada.
Houve crescimento na produção em 12 dos 15 locais pesquisados: Amazonas (de 0,3% no primeiro trimestre de 2021 para 70,2% no segundo trimestre de 2021), Ceará (de 5,7% para 62,4%), Espírito Santo (de -4,7% para 32,6%), Minas Gerais (de 8,9% para 29,3%), São Paulo (de 8,3% para 27,6%), Santa Catarina (de 17,5% para 36 4%), Rio de Janeiro (de -4,4% para 14,0%), Rio Grande do Sul (de 12,8% para 30,2%), Paraná (de 10,5% para 26,1%), Pernambuco (de 4,5% para 12,5%), Região Nordeste (de -6,1% para 9,1%) e Pará (de 3,1% para 0,2%).
Os recuos foram registrados na Bahia (de -17,6% para -11,8%), Mato Grosso (de -7,5% para -3,8%) e Goiás (de -5,3% para -3,5%).
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