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Produção industrial no Brasil tem pior resultado em 4 anos

Segundo dados do IBGE, produção industrial caiu 2,5% em fevereiro frente a janeiro

Funcionários trabalham na linha de montagem da Ford em fábrica de São Bernardo do Campo, em junho de 2012 (Paulo Whitaker/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de abril de 2013 às 10h05.

Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira recuou 2,5 por cento em fevereiro, o pior resultado mensal em pouco mais de quatro anos, afetada pelo mau desempenho do setor de bens de consumo e colocando em risco a recuperação da atividade econômica do país.

Sobre um ano antes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta terça-feira, a produção industrial diminuiu 3,2 por cento. Em ambos os casos, os resultados vieram piores do que o esperado pelo mercado e, na comparação com janeiro, foi o pior resultado mensal desde dezembro de 2008, quando a produção teve contração de 12,2 por cento.

De acordo com pesquisa da Reuters junto a 20 analistas, a expectativa era de que a produção industrial recuasse 2,05 por cento ante janeiro. As estimativas variaram de quedas de 2,60 a 0,60 por cento.

Na comparação anual, a expectativa era de recuo de 2,40 por cento, sendo que as projeções variaram de queda de 3,30 por cento a alta de 0,70 por cento.

O desempenho de fevereiro acabou praticamente anulando o resultado de janeiro, quando havia mostrado expansão de 2,6 por cento, número revisado nesta terça-feira pelo IBGE ante crescimento de 2,5 por cento divulgado anteriormente.

Segundo o IBGE, apenas a categoria Bens de Capital --ligados aos investimentos -- apresentou expansão mensal em fevereiro, de 1,6 por cento sobre janeiro.

O pior resultado veio de Bens de consumo, com queda de 4,2 por cento no período, com destaque para os bens duráveis, com retração de 6,8 por cento. Já os bens semiduráveis e não duráveis recuaram 2,1 por cento sobre o mês anterior.

A categoria Bens intermediários, ainda segundo o IBGE, apresentou queda de 1,3 por cento em fevereiro, sobre janeiro.

Gráfico dados da indústria:

(Reprodução/Reuters)

Desde o ano passado, o governo vem adotando medidas de estímulo para incentivar a indústria. No final de semana passado, o Ministério da Fazenda anunciou a prorrogação até 31 de dezembro das atuais e menores alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e caminhões, que deveriam subir a partir de 1º de abril.

Em fevereiro, destacou o IBGE nesta terça-feira, houve queda mensal de 9,1 por cento na produção do setor de veículos automotores, eliminando o avanço de 6,2 por cento verificado em janeiro último.

Sinais de que a retomada da indústria não seria tão forte neste início de ano já haviam surgido. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor, divulgado na segunda-feira, mostrou que a expansão do setor foi a mais fraca em três meses em março.

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Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira recuou 2,5 por cento em fevereiro, o pior resultado mensal em pouco mais de quatro anos, afetada pelo mau desempenho do setor de bens de consumo e colocando em risco a recuperação da atividade econômica do país.

Sobre um ano antes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ) nesta terça-feira, a produção industrial diminuiu 3,2 por cento. Em ambos os casos, os resultados vieram piores do que o esperado pelo mercado e, na comparação com janeiro, foi o pior resultado mensal desde dezembro de 2008, quando a produção teve contração de 12,2 por cento.

De acordo com pesquisa da Reuters junto a 20 analistas, a expectativa era de que a produção industrial recuasse 2,05 por cento ante janeiro. As estimativas variaram de quedas de 2,60 a 0,60 por cento.

Na comparação anual, a expectativa era de recuo de 2,40 por cento, sendo que as projeções variaram de queda de 3,30 por cento a alta de 0,70 por cento.

O desempenho de fevereiro acabou praticamente anulando o resultado de janeiro, quando havia mostrado expansão de 2,6 por cento, número revisado nesta terça-feira pelo IBGE ante crescimento de 2,5 por cento divulgado anteriormente.

Segundo o IBGE, apenas a categoria Bens de Capital --ligados aos investimentos -- apresentou expansão mensal em fevereiro, de 1,6 por cento sobre janeiro.

O pior resultado veio de Bens de consumo, com queda de 4,2 por cento no período, com destaque para os bens duráveis, com retração de 6,8 por cento. Já os bens semiduráveis e não duráveis recuaram 2,1 por cento sobre o mês anterior.

A categoria Bens intermediários, ainda segundo o IBGE, apresentou queda de 1,3 por cento em fevereiro, sobre janeiro.

Gráfico dados da indústria:

(Reprodução/Reuters)

Desde o ano passado, o governo vem adotando medidas de estímulo para incentivar a indústria. No final de semana passado, o Ministério da Fazenda anunciou a prorrogação até 31 de dezembro das atuais e menores alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e caminhões, que deveriam subir a partir de 1º de abril.

Em fevereiro, destacou o IBGE nesta terça-feira, houve queda mensal de 9,1 por cento na produção do setor de veículos automotores, eliminando o avanço de 6,2 por cento verificado em janeiro último.

Sinais de que a retomada da indústria não seria tão forte neste início de ano já haviam surgido. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor, divulgado na segunda-feira, mostrou que a expansão do setor foi a mais fraca em três meses em março.

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