O crescimento da produção industrial brasileira em janeiro tanto em relação a janeiro do ano passado quanto no indicador acumulado dos últimos 12 meses- aconteceu em nove dos locais cobertos pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE.

Em relação a janeiro de 2002, o crescimento de 2,8% foi puxado pelo Espírito Santo, com expansão com 15,9%; seguido de Pernambuco (8,9%); Paraná (8,8%); Rio de Janeiro (4,1%) e região Sul, que como um todo cresceu 3,5% todos com desempenho acima da média nacional.

Fecharam também com resultados positivos, embora abaixo da média de 2,8%: São Paulo (2,6%), região Nordeste (1,9%), Rio Grande Sul (1,5%) e Santa Catarina (0,4%). As exceções foram as indústrias de Minas Gerais (-1,4%) e da Bahia (-0,5%), que reduziram a produção na comparação com janeiro de 2002.

Os avanços obtidos principalmente no setor de petróleo e gás mantiveram os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo na vanguarda do crescimento industrial brasileiro dos últimos doze meses (janeiro 2002/janeiro 2003). No caso do Espírito Santo o crescimento chegou a 14,7% e, além da extração de petróleo e gás contribuiu também o setor de papel e papelão. Já no Rio de Janeiro, onde o crescimento foi de 10,1% contribuiu ainda o setor de metalurgia.

Em seguida veio o Rio Grande do Sul (4,0%), apoiado, sobretudo, no desempenho da mecânica e do fumo. Com expansão no nível de produção, mas sustentando ritmos de crescimento inferiores ao do total do país (2,7%) ficaram: Paraná (2,4%), região Sul (2,1%), Ceará (1,0%), Minas Gerais (0,7%), Pernambuco (0,8%) e região Nordeste (0,2%). As indústrias que assinalaram queda de produção neste confronto foram Santa Catarina (-2,6%), São Paulo (-0,9%) e Bahia (-0,5%). Os números são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

São Paulo e Rio de Janeiro

A produção industrial paulista registrou, em janeiro, o quarto crescimento consecutivo: 2,6% em comparação com janeiro de 2002. A expansão observada no maior parque fabril do país, segundo o IBGE, ao divulgar a Pesquisa Industrial Mensal, resultou do crescimento em 11 dos 19 setores pesquisados. As indústrias metalúrgica (13,2%), mecânica (15,8%) e material de transporte (10,1%) responderam pelas maiores contribuições positivas na formação do resultado global.

Do lado negativo, as indústrias de material elétrico e de comunicações ( -8,6%) e química (-5,3%) foram as que mais pressionaram a taxa. Já o indicador acumulado nos últimos meses, que continua negativo, começa a apresentar recuperação no ritmo produtivo na passagem de dezembro para janeiro (-1,2% para -0,9%).

Após apresentar uma queda de 0,4% na produção, em dezembro, a indústria do Rio de Janeiro voltou a apresentar crescimento em janeiro de 4,1%. Com este resultado, a indústria fluminense voltou a superar a marca registrada pelo total do país, de 2,8%. No indicador acumulado nos últimos 12 meses há uma estabilidade no ritmo de crescimento industrial na passagem de dezembro para janeiro, com a taxa se fixando em 10,1%.

Comparada a janeiro de 2002, a indústria extrativa mineral, setor que exerce a maior influência na formação do resultado global, cresceu 3,7%, e a de transformação, 4,5%, sendo que a indústria química cresceu 9,9% e a metalúrgica, 8,0%. Já as indústrias de matérias plásticas apresentaram queda na produção de 29,2% e de vestuário 15,5%.