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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h08.
A produção industrial cresceu 3,1% no ano passado. O desempenho ficou dentro do esperado pelos economistas. O relatório de mercado do Banco Central da última semana de janeiro - o último a trazer uma projeção para este índice - estimava uma expansão de 3%. O número, porém, ficou bem abaixo dos 8,3% registrados em 2004.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desempenho da indústria foi puxado sobretudo pelo setor automotivo, cuja produção subiu 6,8% no ano passado. Em seguida, vieram a indústria extrativa (10,2%), edição e impressão (11,6%), material eletrônico e equipamentos de comunicação (14,2%) e farmacêutica (14,6%). No total, 17 atividades pesquisadas pelo IBGE apresentaram crescimento na produção.
Entre os dez ramos que sofreram retração, os destaques são a metalurgia básica (-2%), atividade com maior impacto sobre o indicador global, produtos químicos (-1,3%), e máquinas e equipamentos ( também com -1,3%).
Quando se considera a categoria de uso, os bens de consumo duráveis foram os que mais cresceram (11,4%), graças à indústria automotiva. Já o segmento de bens de consumo semiduráveis e não-duráveis apresentou alta de 4,7% e superou a média geral da indústria (3,1%). Esse fato não ocorria desde 1999, segundo o IBGE.
Os bens de capital também avançaram acima da média (3,6%). Os setores que mais puxaram seu desempenho foram os ligados à infra-estrutura, como máquinas e equipamentos para construção (32,1%), maquinário para energia elétrica (28,5%) e para transporte (6,7%). Com a quebra da safra agrícola e o endividamento dos produtores rurais, os equipamentos para agricultura recuaram 37,8%, seguidos pelos bens de capital para fins industriais (-0,4%).