Produção industrial cai em dez de 14 áreas pesquisadas

Apesar do resultado de junho, dez dos locais pesquisados apresentaram aumento da produção no primeiro semestre. Os maiores acréscimos no período foram verificados no Pará, 13,5%; Ceará 7,2%; Bahia, 5,5%; Pernambuco e Espírito Santo, ambos com 4,7%; Minas Gerais, 4,6%; São Paulo, 3,4%; e Rio de Janeiro, 3,3%. Na região Nordeste, o crescimento foi de 3,1% em relação ao mesmo período de 2005. De acordo com o IBGE, o desempenho favorável nessas áreas deve-se ao dinamismo das exportações de minério de ferro, produtos siderúrgicos, petróleo, celulose e açúcar e à produção de bens de consumo.

Desaceleração

No total, a produção industrial registrou aumento de 2,6% nos primeiros seis meses deste ano. O percentual de alta no primeiro trimestre foi de 4,6%, e no segundo, de 0,8%, o que revela uma desaceleração no ritmo de crescimento da produção do setor. O IBGE ressalta que esse movimento foi observado em nove das 14 áreas pesquisadas.

Amazonas lidera a queda no desempenho. No estado, a produção registrou uma redução de 12,1% no segundo trimestre, após uma alta de 9,3% nos primeiros três meses deste ano. Neste caso, destaca o IBGE, o resultado é devido ao recuo da produção na área de material eletrônico e equipamentos de comunicação, que registrou crescimento de 14,1% no primeiro trimestre e queda de 22,4% no segundo. De acordo com o órgão, esse setor sofreu o impacto da redução do ritmo de vendas de telefones celulares para o mercado externo.

Junho

Na comparação com junho de 2005, a produção industrial recuou 0,6% no mesmo mês deste ano. Segundo o IBGE, os índices ficaram negativos em apenas cinco dos 14 locais pesquisados. Mais uma vez, a maior redução foi apresentada pelo estado do Amazonas, com variação de 20% no período. No Rio Grande do Sul, o resultado negativo foi de 6,7%; em Santa Catarina, 2,2%; Paraná, 1,2%; e Minas Gerais, 0,8%.

Já os aumentos mais expressivos na produção verificados em junho, em comparação ao mesmo período do ano passado, ficaram por conta de Espírito Santo (16,1%), Pará (14,8%), Ceará (7%) e Pernambuco (6,1%). Também registraram crescimento: a região Nordeste e o estado de Goiás, ambos com 2%; a Bahia (1,3%); o Rio de Janeiro (0,8%) e São Paulo (0,5%).