Exame Logo

Produção cai, mas faturamento da indústria segue em alta

Levantamento feito pela CNI mostrou também que a ociosidade nas fábricas aumentou

Segundo o CNI, o resultado mostra que o setor está sendo prejudicado pelo agravamento da crise mundial (Germano Lüders/EXAME)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2011 às 13h34.

Brasília - Após dois meses consecutivos de expansão, a atividade industrial recuou no mês de setembro, de acordo com os indicadores econômicos do setor divulgados hoje (8) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Quando comparado aos resultados de agosto, o faturamento real foi o fator que apresentou o melhor desempenho, com expansão de 1% em comparação com agosto. Se comparado com setembro de 2010, os ganhos médios do setor aumentaram 4,1%.

A queda do ritmo de produção e o aumento da ociosidade nas plantas se refletem nas horas trabalhadas e na utilização da capacidade instalada. Enquanto as horas trabalhadas recuaram 1,3%, a utilização da capacidade instalada caiu 0,6 ponto percentual entre agosto e setembro, de 82,2% para 81,6%. Comparados a setembro de 2010, os resultados representam uma redução de, respectivamente, 0,4% e 0,6 ponto percentual.

Segundo o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, os resultados são efeito do agravamento da crise econômica internacional e da política monetária restritiva adotada pelo governo brasileiro ao longo do primeiro semestre. De acordo com Castelo Branco, a indústria teve que reduzir o ritmo de produção para responder ao acúmulo de estoque verificado nos dois últimos trimestres, refletindo a queda na demanda.

“Temos um ajuste no ritmo de produção, mas não uma atividade industrial em queda”, disse Branco. Ele explicou que esse ajuste teve um "efeito maléfico" sobre o nível de emprego na indústria que, em setembro, recuou 0,3% em relação a agosto, a maior queda mensal desde abril de 2009. Mas, na comparação com setembro de 2010, o aumento foi 1,1%.

“O mercado de trabalho reage ao ritmo da produção. Como a indústria se ressentiu da falta de demanda, houve menor necessidade de contratações. Possivelmente, vamos ter um mercado de trabalho bem mais fraco nestes últimos meses do ano e, possivelmente, no começo de 2012, em função do quadro adverso internacional, com reflexos no Brasil”, analisou Branco.

Ainda de acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, a massa salarial real do trabalhador da indústria, em setembro, aumentou 3,5%, compensando a queda de 3,1% registrada em agosto. O rendimento médio real dos trabalhadores da indústria também obteve resultado positivo, crescendo 3,3%. Os dois indicadores, contudo, não levam em consideração o ajuste sazonal, ou seja, a variação já esperada e observada todos os anos.

Veja também

Brasília - Após dois meses consecutivos de expansão, a atividade industrial recuou no mês de setembro, de acordo com os indicadores econômicos do setor divulgados hoje (8) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Quando comparado aos resultados de agosto, o faturamento real foi o fator que apresentou o melhor desempenho, com expansão de 1% em comparação com agosto. Se comparado com setembro de 2010, os ganhos médios do setor aumentaram 4,1%.

A queda do ritmo de produção e o aumento da ociosidade nas plantas se refletem nas horas trabalhadas e na utilização da capacidade instalada. Enquanto as horas trabalhadas recuaram 1,3%, a utilização da capacidade instalada caiu 0,6 ponto percentual entre agosto e setembro, de 82,2% para 81,6%. Comparados a setembro de 2010, os resultados representam uma redução de, respectivamente, 0,4% e 0,6 ponto percentual.

Segundo o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, os resultados são efeito do agravamento da crise econômica internacional e da política monetária restritiva adotada pelo governo brasileiro ao longo do primeiro semestre. De acordo com Castelo Branco, a indústria teve que reduzir o ritmo de produção para responder ao acúmulo de estoque verificado nos dois últimos trimestres, refletindo a queda na demanda.

“Temos um ajuste no ritmo de produção, mas não uma atividade industrial em queda”, disse Branco. Ele explicou que esse ajuste teve um "efeito maléfico" sobre o nível de emprego na indústria que, em setembro, recuou 0,3% em relação a agosto, a maior queda mensal desde abril de 2009. Mas, na comparação com setembro de 2010, o aumento foi 1,1%.

“O mercado de trabalho reage ao ritmo da produção. Como a indústria se ressentiu da falta de demanda, houve menor necessidade de contratações. Possivelmente, vamos ter um mercado de trabalho bem mais fraco nestes últimos meses do ano e, possivelmente, no começo de 2012, em função do quadro adverso internacional, com reflexos no Brasil”, analisou Branco.

Ainda de acordo com a pesquisa Indicadores Industriais, a massa salarial real do trabalhador da indústria, em setembro, aumentou 3,5%, compensando a queda de 3,1% registrada em agosto. O rendimento médio real dos trabalhadores da indústria também obteve resultado positivo, crescendo 3,3%. Os dois indicadores, contudo, não levam em consideração o ajuste sazonal, ou seja, a variação já esperada e observada todos os anos.

Acompanhe tudo sobre:CNI – Confederação Nacional da IndústriaCrises em empresasIndústriaIndústrias em geral

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame