Produção da AB InBev na Bélgica está parada
BRUXELAS, 20 de janeiro (Reuters) - A Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, informou nesta quarta-feira que sua produção na Bélgica está totalmente parada depois de quase duas semanas de bloqueios contra demissões nas cervejarias do grupo no país. Trabalhadores belgas bloquearam as entradas das grandes fábricas da InBev em Leuven e Liege por […]
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2010 às 07h20.
BRUXELAS, 20 de janeiro (Reuters) - A Anheuser-Busch InBev, maior cervejaria do mundo, informou nesta quarta-feira que sua produção na Bélgica está totalmente parada depois de quase duas semanas de bloqueios contra demissões nas cervejarias do grupo no país.
Trabalhadores belgas bloquearam as entradas das grandes fábricas da InBev em Leuven e Liege por 13 dias e por uma semana em Hoegaarden em protesto contra o plano da AB InBev de demitir 263 funcionários de sua força de trabalho de 2.700 pessoas na Bélgica.
Duas tentativas de mediação fracassaram em tentar interromper o bloqueio.
A unidade da AB InBev na Bélgica, a InBev Belgium, informou em comunicado que não é capaz de obter mais matérias-primas, garrafas vazias e outros insumos de embalagem e que suas instalações de armazenagem estão completamente lotadas.
Nesta quarta-feira, as fábricas da empresa na Bélgica vão participar de uma terceira rodada de discussões com os trabalhadores.
A companhia divulgou que congelou o plano de reestruturação e que até 150 aposentadorias antecipadas e 70 cortes de novas vagas vão reduzir consideravelmente o impacto das demissões.
Os sindicatos insistem que a companhia tem que retirar o plano de reestruturação e representantes sindicais disseram que um acordo parecia estar próximo, mas a empresa acabou não atendendo a demanda.
Redes de supermercados Delhaize e Carrefour informou na terça-feira que seus estoques estão muito baixos de cervejas como Stella Artois, Jupiler e Leffe.
A AB InBev, que também produz cervejas Budweiser e Beck's, afirmou que poderia cortar cerca de 10 por cento de sua força de trabalho de 8 mil funcionários no Europa Ocidental por causa da queda dos mercados de cerveja.