Previdência de militares terá reestruturação na carreira, diz Marinho
Secretário informou que impacto da alteração será divulgado na quarta-feira, quando proposta deve ser enviada ao Congresso
Reuters
Publicado em 18 de março de 2019 às 18h57.
Brasília - O projeto que mexe nas regras de aposentadoria dos militares irá prever uma reestruturação na carreira dos servidores, mas esse impacto só será divulgado na quarta-feira, afirmou nesta segunda-feira o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, reforçando o compromisso do governo em apresentar o texto no dia 20.
Falando a jornalistas após reunião com integrantes do Ministério da Defesa, Marinho defendeu que essa reestruturação não consiste em "aumento de soldos", mas não deu detalhes sobre o que de fato será proposto.
"Nós vamos apresentar na quarta-feira tanto a reestruturação quanto as modificações que estão sendo feitas na assistência dada aos militares", disse.
O secretário destacou ainda que a ideia é que o Tesouro, ao fim, tenha um ganho com a reforma das regras para os militares, indicando que a reforma poderá ter uma economia menor que a anteriormente divulgada pela equipe econômica.
Quando apresentou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que mexe nas regras previdenciárias para servidores públicos civis e trabalhadores da iniciativa privada, a equipe econômica divulgou que o projeto para os militares traria uma economia de 92,3 bilhões de reais em 10 anos, embora o texto ainda estivesse em formatação.
Questionado nesta segunda-feira se as mudanças iriam manter esse impacto fiscal, Marinho afirmou que "houve algumas pequenas alterações, mas na questão da assistência dos militares economia com projeto é por aí".
Segundo Marinho, o presidente Jair Bolsonaro deve dar o último aval ao projeto na própria quarta-feira, após regressar de viagem aos Estados Unidos.
"Talvez (façamos) uma última apresentação a ele e em seguida estaremos no Congresso, provavelmente à tarde", disse.