Powell: Fed adotou neste mês seu sétimo aumento da taxa desde 2015 e prevê um total de quatro altas neste ano (Joshua Roberts/Reuters)
AFP
Publicado em 20 de junho de 2018 às 19h29.
Última atualização em 20 de junho de 2018 às 20h50.
O desemprego em nível historicamente baixo e os sinais de aumento da inflação são um "forte" argumento para o aumento contínuo e estável das taxas de juros, disse nesta quarta-feira (20) o presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Jerome Powell.
O Fed adotou neste mês seu sétimo aumento desde 2015 e prevê um ritmo acelerado de alta das taxas de juros de referência, prevendo um total de quatro altas no ano devido à contratação e à atividade econômica robustas e ao aumento dos preços.
Dadas as condições atuais, e com "os riscos para as perspectivas mais ou menos equilibradas, o argumento para aumentos graduais contínuos na taxa dos fundos federais é forte", disse Powell em um discurso em um fórum do Banco Central Europeu em Portugal.
O Fed ficou confuso no ano passado pela fraqueza prolongada da inflação, embora o desemprego tenha diminuído constantemente.
Mas a pressão sobre os preços começou a aparecer agora: a inflação está caminhando para a meta de 2% do Fed. Ainda assim, o banco central sinalizou que não irá reagir de forma exagerada, permitindo que a inflação fique um pouco acima do alvo para compensar os anos mais fria.