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Presidente do BC no Brasil é muito personificado, afirma Campos Neto

Nas últimas semanas, Campos Neto virou alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados políticos pela alta nas taxas de juros e na meta de inflação que vigoram no País

Campos Neto: "Faço pouca coisa e levo crédito demais", disse durante evento do IDP Summit (Marcos Oliveira/Agência Senado)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 27 de fevereiro de 2023 às 12h12.

O presidente do Banco Central , Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 27, que o dirigente da autoridade monetária no Brasil é muito personificado. "Faço pouca coisa e levo crédito demais", disse durante evento do IDP Summit, ao emendar que grande parte das coisas são feitas pelos funcionários do BC.

Em relação ao papel do Comitê de Política Monetária (Copom), Campos Neto disse ter pendurado um quadro no órgão indicando que autoridade do argumento vale mais do que argumento da autoridade. O presidente do BC afirmou ainda que cada dia é um dia ao ser questionado sobre como é a rotina de um presidente da autoridade monetária.

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Nas últimas semanas, Campos Neto virou alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aliados políticos pela alta nas taxas de juros e na meta de inflação que vigoram no País.

Os ataques à política monetária foram personificados na figura do presidente do BC, que concedeu inclusive uma entrevista ao programa Roda Viva para esclarecer o papel da entidade e distanciar sua imagem das decisões institucionais do Banco Central.

Durante a palestra, ao ser questionado sobre o SAMBA, modelo macroeconômico nacional usado pela instituição, Campos Neto afirmou que este é apenas um de vários modelos utilizados pelo Banco Central. "SAMBA é um dos modelos. Mas temos vários tipos de modelos. Temos modelos agregados, modelos mais setoriais, modelos mais amplos (...)", disse. "Lembrando que nossos modelos são bastante transparentes", emendou, ao reforçar que o método pode ser replicado por economistas do mercado.

Campos Neto chegou no domingo de uma viagem à Bangalore, na Índia, para participar da reunião financeira das 20 maiores economias do mundo (G20). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad também foi ao evento.

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