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Presidente do BC japonês aponta obstáculos para reduzir estímulos

Haruhiko Kuroda deixou claro que o Banco do Japão não vai seguir os passos do Fed no curto prazo

Haruhiko Kuroda: "não apenas o G20, mas o FMI e a OCDE disseram que o protecionismo prejudica o comércio global e o crescimento econômico mundial" (Yuya Shino/Reuters)
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Reuters

Publicado em 16 de março de 2017 às 09h17.

Tóquio - O presidente do banco central do Japão , Haruhiko Kuroda, disse que uma alta da inflação na direção de 1 por cento não provocará um aumento imediato dos juros, sinalizando que o Japão manterá sua política monetária ultrafrouxa mesmo que outras grandes economias busquem retirar o estímulo.

Kuroda, que se dirige à Alemanha para a reunião com os líderes financeiros do G20 neste fim de semana, também ecoou os pedidos das autoridades europeias para proteger o livre comércio.

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"Não apenas o G20, mas o FMI e a OCDE disseram que o protecionismo prejudica o comércio global e o crescimento econômico mundial, sendo necessário manter o livre comércio e o investimento", disse Kuroda em entrevista à imprensa nesta quinta-feira. "A posição do Japão sobre isso não vai mudar."

Em uma decisão amplamente esperada, o Banco do Japão manteve a taxa de 0,1 por cento que cobra sobre uma parte das reservas em excesso que as instituições financeiras deixam no banco central e também manteve a meta de rendimento para os títulos do governo de 10 anos em torno de zero por cento.

O movimento contrasta com a decisão do Federal Reserve, banco central dos EUA, de elevar os juros pela segunda vez em três meses, em um esforço para fazer a política monetária voltar para um padrão mais normal.

Mas Kuroda deixou claro que o Banco do Japão não vai seguir os passos do Fed no curto prazo, dizendo que o país ainda precisa de forte apoio monetário com a inflação distante da meta de 2 por cento do banco central e os riscos para o crescimento inclinados para o lado negativo.

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