EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h43.
O presidente do Banco Central do Chile, Carlos Massad, apresentou sua demissão ao presidente do país, Ricardo Lagos, na noite de segunda-feira (31/3). Massad, que tinha mandato até 2007, deixou o posto devido ao escândalo sobre informação privilegiada que teria sido concedida pela autoridade monetária ao conglomerado financeiro Inverlink.
De acordo com a imprensa chilena, Lagos deverá submeter ao Senado o nome de um candidato ao comando do banco ainda nesta terça-feira (1/4).
As circunstâncias da saída de Massad são um incômodo e tanto para o governo socialista chileno. Respeitado pela comunidade econômica internacional, o ex-presidente do Banco Central foi indicado pelo próprio Lagos no final do ano passado. Em janeiro deste ano, Massad procurou o departamento de segurança do banco porque não conseguia enviar um e-mail. Foi então descoberto que a secretária particular de Massad, Pamela Andrada, estava enviando informações para Enzo Bertinelli, o então chefe da Inverlink Corredores de Bolsa, que faz parte do grupo financeiro Inverlink S.A.
Desde então, Massad e Bertinelli estão sendo acusados de crimes de corrupção, assim como outros membros da Inverlink. No início de março, o governo começou a investigar o desvio de mais de 100 milhões de dólares de uma companhia estatal para o grupo financeiro.
Depois de seu encontro de ontem com o presidente Lagos, Massad disse à imprensa que não assume a responsabilidade da crise e afirmou que seu único erro foi escolher "uma secretária ruim".