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Premiê determina fim de provisão de gás russo à Ucrânia

O primeiro-ministro da Ucrânia ordenou que seja preparado o fechamento da provisão do gás russo ao território ucraniano a partir da próxima segunda-feira

Gás na Ucrânia: também foi ordenado que seja feito requerimento judicial contra a Gazprom  (AFP/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2014 às 13h26.

Kiev - O primeiro-ministro da Ucrânia , Arseni Yatseniuk, ordenou nesta sexta-feira ao gabinete e à empresa estatal de gás Naftogaz que se preparem para o fechamento da provisão do gás russo ao território ucraniano a partir da próxima segunda-feira.

"Yatseniuk determinou aos ministérios e aos diretores da Naftogaz da Ucrânia e às administrações regionais que passem ao plano do funcionamento da indústria energética que prevê o fechamento da provisão do gás vindo da Federação Russa a partir da segunda-feira", segundo um comunicado do governo.

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O presidente também ordenou ao Ministério da Justiça e à Naftogaz que preparem um requerimento judicial contra o monopólio gasístico russo Gazprom no Tribunal de Arbitragem de Estocolmo.

Enquanto isso, os ministérios de Relações Exteriores e de Energia deverão notificar a União Europeia (UE) e os Estados Unidos "sobre a proposital ruptura por parte da Rússia das negociações e a rejeição de propostas construtivas da Ucrânia que correspondem à postura da Comissão Europeia".

"Devido à negativa unilateral proposital da Federação Russa em solucionar esse conflito a segurança energética da Ucrânia e da UE foi violada", segundo Yatseniuk.

A determinação de Yatseniuk veio depois de o Ministério de Energia da Rússia informar que não deve participar da reunião trilateral sobre o conflito gasístico entre Moscou e Kiev com a mediação da UE sem receber antes uma parcela de US$ 1,95 bilhão da Ucrânia pelo gás já enviado.

A Rússia propôs uma fórmula que incluía um desconto de US$ 100 por cada mil metros cúbicos de gás, o que deixaria o valor em US$ 385.

A Ucrânia, no entanto, rejeitou a oferta por considerar que se trata ainda de um preço elevado demais e que, além disso, tem um caráter político, porque depende de uma decisão do governo e, portanto, não traz a estabilidade necessária, já que poderia ser cancelada quando Moscou quisesse.

Já a Rússia, além de reivindicar o pagamento de US$ 1,95 bilhão na segunda, cobra outros US$ 1,85 antes de 26 de junho, totalizando US$ 3,8 bilhões pelo gás exportado à Ucrânia.

O pagamento do dia 16 corresponde à fatura do gás de novembro e dezembro de 2013 (US$ 1,45 bilhão), mais um pagamento de US$ 500 milhões pelos meses de abril e maio.

O ministro de Energia da Rússia, Aleksandr Novak, advertiu nesta quarta-feira que a Rússia não entabularia novas negociações com a Ucrânia até que o primeiro pagamento seja feito.

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