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Preços dos alimentos atingem nível mais alto em 2 anos

O índice que mede a evolução dos preços dos alimentos básicos chegou aos 173,8 pontos, um aumento de 16,4% frente ao mesmo mês do ano anterior

Açúcar: as principais altas foram a do açúcar, que ficou 9,9% mais caro pelas menores expectativas de produção (foto/Thinkstock)
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EFE

Publicado em 2 de fevereiro de 2017 às 09h17.

Roma - Os preços internacionais dos alimentos atingiram em janeiro seu nível mais alto desde fevereiro de 2015, apesar de os mercados globais estarem bem abastecidos.

A Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) informou nesta quinta-feira em comunicado que o índice que mede a evolução dos preços dos alimentos básicos chegou aos 173,8 pontos, o que representa um aumento de 2,1% em relação a dezembro e de 16,4% frente ao mesmo mês do ano anterior.

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Os preços de produtos como cereais, óleos vegetais, laticínios, carne e açúcar aumentaram em janeiro pelo sexto mês consecutivo, em comparação com a tendência à queda dos últimos cinco anos.

As principais altas foram a do açúcar, que ficou 9,9% mais caro pelas menores expectativas de produção no Brasil, na Índia e na Tailândia, e a dos cereais, cujo preço subiu 3,4%, seu maior nível dos últimos seis meses.

A FAO detalhou que os mercados de trigo sofreram com as condições meteorológicas desfavoráveis para seu cultivo e as menores plantações nos Estados Unidos, assim como a forte demanda de milho e as dúvidas sobre sua produção na América do Sul.

Os preços globais do arroz também aumentaram, em parte devido ao programa estatal de compras da Índia, que reduziu as remessas para exportação do país.

Os óleos vegetais tiveram uma alta em seus preços de 1,8%, sobretudo pela lenta recuperação da produção de azeite no Sudeste Asiático, segundo a nota, que acrescentou que os produtos lácteos e a carne se mantiveram estáveis.

Esse aumento mensal do índice geral contrasta com o alto nível dos estoques mundiais de cereais, que estão em torno dos 681 milhões de toneladas e que poderiam atingir um nível sem precedentes ao final de 2017.

Para este ano, as primeiras perspectivas de produção de cereais são desiguais, já que os baixos preços podem levar os agricultores norte-americanos o plantio, ao contrário do que se espera na Rússia.

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