Preços de produtos agrícolas cairão nos 10 próximos anos
Cotações dos produtos se manterão globalmente acima do nível atingido antes das altas geradas pela crise de produção de 2007 e 2008
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2015 às 12h17.
Paris - Os preços agrícolas mundiais diminuirão nos próximos dez anos graças ao aumento da oferta e à redução dos custos de alguns fatores da produção, como o petróleo, afirmaram nesta quarta-feira a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento da Europa ( OCDE ) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
No entanto, as cotações dos produtos se manterão globalmente acima do nível atingido antes das altas geradas pela crise de produção de 2007 e 2008, indicaram as entidades em seu relatório anual de Perspectivas Agrícolas.
Essa evolução geral apresenta diferenças significativas entre os produtos vegetais de base, com tendência de baixa dos preços, e carne, leite e cereais secundários - ou as oleaginosas usadas para alimentar o gado -, que serão mantidas em um patamar mais alto.
Um dos principais motivos para que esse grupo fique acima dos vegetais é a demanda, sobretudo nos países em desenvolvimento, onde o crescimento da população unido às melhorias nas condições de vida dos mais pobres abrem espaço para o consumo de proteínas animais.
A redução das cotações do barril do petróleo representa uma menor pressão sobre os preços agrícolas, mas podem influenciar diretamente a produção de biocombustíveis de primeira geração, pouco rentável nessa situação.
Apesar disso, as duas entidades indicam que, no Brasil, a obrigação de incorporar mais etanol nos combustíveis irá representar um impulso para o setor da cana-de-açúcar, algo parecido com o que ocorrerá por meio dos benefícios fiscais concedidos pela Índia aos produtores de biodiesel.
O crescimento da produção agrícola na Ásia, Europa e América do Norte até 2024 ocorrerá, quase exclusivamente, devido à melhoria da produtividade. Na América do Sul, também a expansão da superfície cultivada também terá grande influência na alta.
Por isso, no que se refere aos intercâmbios internacionais, o grosso das exportações se concentrará em um menor número de países, gerando mais riscos de mercado. Em particular, no caso de catástrofes naturais, embargos ou restrições às exportações.
Por outro lado, haverá mais países importadores de alimentos.
Nas projeções sobre os cereais, a OCDE e a FAO antecipam que o nível elevado dos estoques e a queda dos custos de produção vão diminuir ainda mais os preços nominais a curto prazo. Porém, a forte demanda resultará em altas num horizonte mais prolongado.
A produção mundial de trigo, que foi de 700,4 milhões de toneladas entre 2012 e 2014, será de 723,8 milhões neste ano. As entidades projetam que o volume seja de 786,7 milhões em 2024.
Paris - Os preços agrícolas mundiais diminuirão nos próximos dez anos graças ao aumento da oferta e à redução dos custos de alguns fatores da produção, como o petróleo, afirmaram nesta quarta-feira a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento da Europa ( OCDE ) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
No entanto, as cotações dos produtos se manterão globalmente acima do nível atingido antes das altas geradas pela crise de produção de 2007 e 2008, indicaram as entidades em seu relatório anual de Perspectivas Agrícolas.
Essa evolução geral apresenta diferenças significativas entre os produtos vegetais de base, com tendência de baixa dos preços, e carne, leite e cereais secundários - ou as oleaginosas usadas para alimentar o gado -, que serão mantidas em um patamar mais alto.
Um dos principais motivos para que esse grupo fique acima dos vegetais é a demanda, sobretudo nos países em desenvolvimento, onde o crescimento da população unido às melhorias nas condições de vida dos mais pobres abrem espaço para o consumo de proteínas animais.
A redução das cotações do barril do petróleo representa uma menor pressão sobre os preços agrícolas, mas podem influenciar diretamente a produção de biocombustíveis de primeira geração, pouco rentável nessa situação.
Apesar disso, as duas entidades indicam que, no Brasil, a obrigação de incorporar mais etanol nos combustíveis irá representar um impulso para o setor da cana-de-açúcar, algo parecido com o que ocorrerá por meio dos benefícios fiscais concedidos pela Índia aos produtores de biodiesel.
O crescimento da produção agrícola na Ásia, Europa e América do Norte até 2024 ocorrerá, quase exclusivamente, devido à melhoria da produtividade. Na América do Sul, também a expansão da superfície cultivada também terá grande influência na alta.
Por isso, no que se refere aos intercâmbios internacionais, o grosso das exportações se concentrará em um menor número de países, gerando mais riscos de mercado. Em particular, no caso de catástrofes naturais, embargos ou restrições às exportações.
Por outro lado, haverá mais países importadores de alimentos.
Nas projeções sobre os cereais, a OCDE e a FAO antecipam que o nível elevado dos estoques e a queda dos custos de produção vão diminuir ainda mais os preços nominais a curto prazo. Porém, a forte demanda resultará em altas num horizonte mais prolongado.
A produção mundial de trigo, que foi de 700,4 milhões de toneladas entre 2012 e 2014, será de 723,8 milhões neste ano. As entidades projetam que o volume seja de 786,7 milhões em 2024.