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Preço de bebidas frias subirá até 2,25%, diz Receita

Na terça-feira, a Receita havia informado que a nova tabela de tributação do setor traria um impacto médio de 1,3% no preço final das bebidas

Cerveja: preço de bebidas frias vai subir até 2,25% em média após reajuste na tabela de tributação do setor (Marcos Santos/USP Imagens)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2014 às 20h32.

Brasília - A Receita Federal elevou para 2,25 por cento ante 1,3 por cento a estimativa de aumento dos preços de bebidas frias, categoria que inclui cervejas, refrigerantes, energéticos, isotônicos e refrescos, informou o órgão por meio de nota na noite desta quarta-feira. Representantes do setor, porém, afirmam que o reajuste terá que ser maior.

A revisão para cima na estimativa de aumento de preços ao consumidor foi feita após a Receita Federal reconhecer diferenças entre os preços de referência da tabela de tributação apresentada a jornalistas na noite de terça-feira e a tabela que foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

"Os números publicados nas tabelas da Portaria número 221, de 29 de abril de 2014, estão corretos e de acordo com o processo que tramitou para o encaminhamento da medida às instâncias decisórias", informou a Receita Federal por meio da nota.

Ao corrigir a estimativa de aumento de preços ao consumidor, a Receita Federal manteve a projeção de arrecadação adicional de 1,5 bilhão de reais em receita extra com a mudança efetuada.

A diferença nas tabelas de tributação de bebidas frias foi constatada, mais cedo, pelos fabricantes de bebidas, que chamaram a atenção para o fato de que em alguns produtos havia uma diferença de até 10 por cento nas alíquotas.

Com a mudança na tributação, mesmo considerando a tabela publicada no Diário Oficial da União, os fabricantes calculam que o setor terá custo de 2,5 bilhões de reais e que para absorver esse custo será necessário aumento estimado em 5 por cento desses produtos ao consumidor final.

Fonte do setor que pediu para não ser identificada afirmou que as empresas não foram consultadas pelo governo sobre a medida e que foram surpreendidas pelo anúncio.

A alteração foi anunciada na noite de terça-feira pelo secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, que informou na ocasião que os novos preços de referência para bebidas frias entram em vigor a partir de 1o de junho deste ano.

Maior fabricante de bebidas do Brasil, a Ambev viu o preço de suas ações despencar 5 por cento nesta quarta-feira após o anúncio de reajuste da tabela de tributação de bebidas frias.

A nova tabela saiu depois que o governo anunciou no início do mês elevação dos impostos sobre bebidas frias, com atualização no redutor que define a tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Pis/Cofins, num movimento para gerar 200 milhões de reais em receita extra.

O analista Thiago Macruz, do Itaú BBA, afirmou em relatório que a Ambev pode ter que ajustar os preços em 4 por cento, "levando em consideração o aumento de preço necessário para compensar o aumento da tributação federal e o impacto cruzado de algumas tributações estaduais".

Texto atualizado com mais informações às 20h32min do mesmo dia.

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Brasília - A Receita Federal elevou para 2,25 por cento ante 1,3 por cento a estimativa de aumento dos preços de bebidas frias, categoria que inclui cervejas, refrigerantes, energéticos, isotônicos e refrescos, informou o órgão por meio de nota na noite desta quarta-feira. Representantes do setor, porém, afirmam que o reajuste terá que ser maior.

A revisão para cima na estimativa de aumento de preços ao consumidor foi feita após a Receita Federal reconhecer diferenças entre os preços de referência da tabela de tributação apresentada a jornalistas na noite de terça-feira e a tabela que foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira.

"Os números publicados nas tabelas da Portaria número 221, de 29 de abril de 2014, estão corretos e de acordo com o processo que tramitou para o encaminhamento da medida às instâncias decisórias", informou a Receita Federal por meio da nota.

Ao corrigir a estimativa de aumento de preços ao consumidor, a Receita Federal manteve a projeção de arrecadação adicional de 1,5 bilhão de reais em receita extra com a mudança efetuada.

A diferença nas tabelas de tributação de bebidas frias foi constatada, mais cedo, pelos fabricantes de bebidas, que chamaram a atenção para o fato de que em alguns produtos havia uma diferença de até 10 por cento nas alíquotas.

Com a mudança na tributação, mesmo considerando a tabela publicada no Diário Oficial da União, os fabricantes calculam que o setor terá custo de 2,5 bilhões de reais e que para absorver esse custo será necessário aumento estimado em 5 por cento desses produtos ao consumidor final.

Fonte do setor que pediu para não ser identificada afirmou que as empresas não foram consultadas pelo governo sobre a medida e que foram surpreendidas pelo anúncio.

A alteração foi anunciada na noite de terça-feira pelo secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, que informou na ocasião que os novos preços de referência para bebidas frias entram em vigor a partir de 1o de junho deste ano.

Maior fabricante de bebidas do Brasil, a Ambev viu o preço de suas ações despencar 5 por cento nesta quarta-feira após o anúncio de reajuste da tabela de tributação de bebidas frias.

A nova tabela saiu depois que o governo anunciou no início do mês elevação dos impostos sobre bebidas frias, com atualização no redutor que define a tributação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Pis/Cofins, num movimento para gerar 200 milhões de reais em receita extra.

O analista Thiago Macruz, do Itaú BBA, afirmou em relatório que a Ambev pode ter que ajustar os preços em 4 por cento, "levando em consideração o aumento de preço necessário para compensar o aumento da tributação federal e o impacto cruzado de algumas tributações estaduais".

Texto atualizado com mais informações às 20h32min do mesmo dia.

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